Criada no ano de 1991, por meio de um pacote de medidas econômicas do Plano Collor II, estabelecida enquanto o ex-presidente Fernando Collor de Mello exercia seu mandato no governo, a Taxa Referencial servia para desindexar preços e combater a hiperinflação. Mas como funciona hoje? Como impacta seus investimentos, empréstimos e FGTS?.
Primeiramente, é preciso entender que hoje, a Taxa Referencial funciona como uma taxa de juros de referência. Isto é: serve como um indicador geral da economia brasileira.
Desse modo, de acordo com o portal de Economia da Uol, é utilizada como um fator de correção monetária de empréstimos, tanto do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) quanto em investimentos, por exemplo.
Essa taxa, aliás, é conhecida entre aqueles que costumam aplicar em poupanças. Inclusive, é possível fazer o acompanhamento da Taxa Referencial no próprio site do Banco Central.
No site, é possível fazer o cálculo da Taxa Referencial informando as datas do:
- início da série;
- vencimento da série;
- efetivo pagamento;
- e, também, o valor a ser corrigido.
Como calcular o valor da Taxa Referencial?
Outrossim, o Banco Central é responsável pelos valores da TR. Por isso, é possível fazer o cálculo do valor no site da instituição, inclusive. Desde 2018, o Banco Central utiliza como base as taxas de juros das Letras do Tesouro Nacional (LTN).
Sendo assim, existe uma fórmula a ser usada para que possa ser encontrado o valor da Taxa Referencial, que é: R = a+b xTBF. As letras possuem os seguintes significados:
- R = redutor;
- a = valor fixo igual a 1,005;
- b = depende do valor da TBF;
- TBF = Tarifa Básica Financeira;
Como a Taxa Referencial impacta no FGTS, empréstimos e investimentos?
Atualmente, a Taxa Referencial encontra-se zerada. Dessa forma, a rentabilidade do FGTS e da poupança vem sofrendo redução.
Por exemplo a rentabilidade do FGTS, que é calculada em 3% ao ano a mais. Com a taxa zerada, a rentabilidade diminuí.
Além disso, no caso de financiamentos imobiliários, somente sofrem impactos os imóveis que estão no Sistema Financeiro de Habitação, em que os valores são corrigidos por juros fixos.
Já a poupança é afetada desde 2012, quando a forma de calcular foi alterada pelo governo. Desse modo, quando a taxa Selic está acima de 8,5% ao ano, o rendimento é de 0,5% mais a TR. Em contrapartida, quando a Selic está abaixo desse valor, o rendimento é de 70% a mais na poupança.