O número de desempregados no Brasil em setembro deste ano chegou a 13,5 milhões, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados são atualizados mensalmente em parcela com o Pnad Covid-19, que analisa os efeitos da pandemia do novo coronavírus no mercado de trabalho.
Os números são alarmantes desde o mês de maio. No quinto mês do ano, a população desocupada era de 10,1 milhões.
Em agosto, este número passou para 12,9 milhões. Enquanto em setembro, o aumento registrou 13,5 milhões. A pesquisa mostra que este número é um recorde.
Já em relação a taxa percentual de desocupação, foi registrado um aumento de 13,6% em agosto para 14% em setembro, mais uma vez, a maior da série histórica.
“Há um aumento da população desocupada ao longo de todos esses meses. Esse crescimento se dá em função tanto das pessoas que perderam suas ocupações até o mês de julho quanto das pessoas que começam a sair do distanciamento social e voltam a pressionar o mercado de trabalho”, explicou, em nota, Maria Lucia Vieira, coordenadora da pesquisa.
Benefícios soam como alívio na pandemia
Os benefícios cedidos pelo governo federal durante a pandemia também foram alvo de análise nesta pesquisa.
Dados mostram que, em setembro, o percentual de domicílios onde alguém recebeu algum tipo de benefício foi de 43,6%, contra os 43,9% de agosto. Ou seja, 29,9 milhões de brasileiros em setembro e 30,1 milhões no mês de agosto.
Ao falar de “benefícios”, inclui-se o auxílio emergencial e a complementação do Governo Federal pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.
As regiões que tiveram os maiores percentuais de famílias recebendo auxílio foram Norte e Nordeste, com diferença de apenas um ponto percentual.
Serviço remoto foi a única opção dos trabalhadores
Para cumprir o isolamento social orientado pelas autoridades na tentativa de conter o avanço da Covid-19, 8,7 milhões de pessoas deixaram os serviços presenciais e passaram para as atividades remotas nos meses de maio e junho.
Em julho e agosto foram 8,4 milhões de trabalhadores. Já em setembro, 8,1 milhões, segundo mostra o IBGE.