Nesta quarta-feira (14), o ministro da Economia, Paulo Guedes, assinou um projeto de lei que viabiliza a privatização dos Correios. O projeto deve ser chancelado pelo presidente da república Jair Bolsonaro e ser enviado para o Congresso nos próximos dias.
No calendário oficial, a projeção para a privatização dos Correios está para 2021, porém a equipe econômica espera que o projeto seja aprovado ainda este ano, com o intuito de agilizar a demonstração de avanços na agenda de privatizações. A desestatização dos Correios deve ser a primeira proposta do governo em 2020.
Companhias interessadas na privatização dos Correios
No mês de setembro, Fábio Faria, o ministro das comunicações, afirmou que a desestatização dos Correios despertou o interesse de algumas companhias.
De acordo com ele, Magazine Luiza e Amazon se encontram nesta lista, além das empresas de logística estrangeiras FedEx e DHL.
“O importante é que já tem cinco players interessados. O Magalu é um deles. Já tem pessoas, grupos interessados na aquisição dos Correios, então isso é importante, porque não teremos um processo de privatização vazio”, disse o ministro.
Em relação às obrigações sobre como seria o controle acionário, Faria contou que fica a cargo do Congresso Nacional.
“Tem empresas interessadas em ocupar esse espaço, e elas sabem que você recebe o bônus e o ônus também, mas é uma empresa saudável”, disse.
BNDES convoca grupo para realizar o estudo da privatização dos Correios
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) definiu o consórcio Postar como vencedor do processo de seleção para realizar o estudo da privatização dos Correios.
O grupo, formado pela Accenture do Brasil e pelo escritório de advocacia Machado Meyer, realizará os estudos que vão indicar as alternativas de desestatização para o setor postal e embasarão a decisão do governo. O serviço é feito pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).
No total, foram nove consórcios que fizeram parte da seleção que começou no mês de maio.
Os três melhores colocados tiveram de verificar a qualidade técnica dos participantes e do preço que foi ofertado por cada um. O Postar mostrou o menor preço de R$7,8 milhões.
Segundo o BNDES, os estudos do consórcio serão supervisionados pela instituição e pelo Comitê Interministerial formado com integrantes do Ministério da Economia, Comunicações e da ECT.