Auxílio emergencial: FIM do programa pode atrapalhar bons resultados na economia

O corte no auxílio emergencial, com parcelas agora de R$ 300, pode prejudicar a retomada da economia. Segundo a Caixa Econômica, com a redução no valor das parcelas do auxílio e com a diminuição de beneficiários, serão retirados R$ 25 bilhões da economia.

Auxílio emergencial: FIM do programa pode atrapalhar bons resultados na economia
Auxílio emergencial: FIM do programa pode atrapalhar bons resultados na economia (Imagem: Reprodução/Google)

Desde o mês de setembro os beneficiários do auxílio emergencial que fazem parte do Bolsa Família começaram a receber as novas parcelas de R$ 300.

Os demais beneficiários começaram, no mesmo mês, a receber o crédito em conta da Poupança Digital, porém os saques só iniciarão em novembro.

De acordo com o assessor institucional da Federação das Câmaras Diligentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC), João Carlos Dela Roca, “É um momento muito delicado. Retirando esse valor muitas pessoas vão voltar para a linha da miséria. Haverá um baque com essa redução. Os R$ 600 ajudaram muito. Pessoas começaram a colocar as dívidas em dia para voltar a ter crédito e a consumir”.

O auxílio emergencial foi uma das medidas encontradas pelo governo para ajudar a população brasileira mais carente a enfrentar os impactos negativos da pandemia de Covid-19, dentro das casas e para a economia em geral.

O presidente da Associação Catarinense de Supermercados (Acats), Paulo Cesar Lopes, afirma “Este recurso teve sua importância, principalmente pelas camadas mais pobres e que usaram os valores para comprar alimentos. Santa Catarina está inserido neste contexto, mas não de forma tão significativa como outros estados. A tendência é de que a recuperação de empregos absorva a mão de obra atualmente desempregada”.

Com o valor menor das parcelas, o consumo das famílias terá redução e, por consequência, afetará a produção da economia que deixará de receber R$ 25 bilhões de reais, segundo o Ministério da Economia.

Mesmo em estados como Santa Catarina que recebeu menos contemplado, a redução afetará a economia da região.

Segundo o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, “Esse auxílio talvez tenha sido a iniciativa mais importante do governo federal durante a pandemia. O impacto vai ser bastante grande, mas já passa a ser compensado pela abertura da economia. O efeito será menor do que se tivesse acontecido dois meses atrás, por exemplo. Além disso, esse degrau dos R$ 300 é importante para não gerar um prejuízo maior”.

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.