Ontem, terça-feira (1º de setembro), o Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), anunciou a prorrogação do auxílio emergencial por mais quatro meses, porém com um valor reduzido de R$300.
O auxílio emergencial foi criado em abril pelo governo de Bolsonaro como intuito de ajudar a parte da população brasileira mais carente a enfrentar a situação de calamidade pública por causa da pandemia de Covid-19.
O benefício é destinado aos trabalhadores informais, desempregados, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e beneficiários do Bolsa Família, sendo a princípio, pago R$600 por três meses, porém foi prorrogado por mais dois.
De acordo com a equipe econômica do presidente os custos com o novo benefício foi de R$ 50 bilhões por mês durante a primeira fase do programa.
Agora, com a nova prorrogação, que dispõe de mais quatro parcelas chegando até dezembro, o valor do benefício foi reajustado e diminuído para R$300.
A oficialização da prorrogação acontecerá por meio de Medida Provisória (MP) que terá eu ser aprovada no Congresso Nacional.
Todos que estão recebendo o benefício serão inclusos nas novas parcelas. No entanto, vale dizer que a Controladoria Geral da União (CGU) realiza mensalmente um pente fino para saber quais os cidadãos aptos ao saque.
O anúncio das novas quatro parcelas aconteceu no Palácio da Alvorada e teve a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes, e de líderes do governo e de parlamentares. A expectativa é que a MP seja aprovada pelos deputados e senadores.
Auxílio emergencial e a popularidade do presidente
Desde a criação do auxílio emergencial a popularidade do atual presidente do Brasil tem aumentado. Dessa maneira, a gestão incentivou a prorrogação da ajuda financeira e, segundo alguns políticos da oposição, a única intenção é não perder a popularidade.
Seguindo essa versão, a ajuda financeira disponibilizada para os brasileiros durante a pandemia tem desempenhado um papel político de máxima importância para os projetos de reeleição em 2022.
Renda Brasil
A proposta do governo agora é substituir em janeiro o auxílio emergencial pelo programa social Renda Brasil, que põe fim ao Bolsa Família criado na gestão petista. O novo programa irá unir o Bolsa Família, abono salarial, seguro-defeso e salário família.
A ideia é dividir o Renda Brasil em quatro subprogramas. São elas: Primeira Infância, Renda Cidadã, Incentivo ao Mérito e Emancipação Cidadã. Porém, para isso é necessário que Paulo Guedes elabore uma proposta de redução de gastos para bancar a nova despesa.