O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), fechou o ano passado com lucro líquido de cerca de R$7 bilhões, segundo os integrantes do Conselho Curador do Fundo. Agora, uma parte desse resultado será distribuído entre os cotistas com saldo na conta em 31 de dezembro do ano passado.
O governo começou a depositar alguns recursos do saque emergencial do fundo nas contas digitais nesta semana.
A repartição deve ser feito de modo a assegurar aos trabalhadores um pequeno ganho real, ou seja, que está acima da inflação de 0,5 pontos percentuais, mais de 3% ao ano.
O balanço deve ser divulgado neste mês, e a Caixa Econômica Federal terá até o dia 31 de agosto para efetuar o crédito nas contas.
Normalmente, as contas que estão vinculadas ao FGTS são remuneradas a 3% ao ano, mais a taxa referencial (TR), que hoje está zerada.
A rentabilidade já supera outros tipos de aplicação, diante da queda na taxa de juros básica da economia, que é a Selic.
A Selic está em sua mínima histórica de 2,25% ao ano, ou seja um rendimento de 3% em 12 meses, já supera os ganhos que são registrados na caderneta de poupança e em alguns títulos do Tesouro.
Ano passado, o rendimento do FGTS chegou a bater os 6% graças a distribuição de lucros.
O desempenho, porém, não deve ser o mesmo neste ano. O lucro de R$7 bilhões está abaixo do que foi registrado em 2018, que foi de R$12,2 bilhões em 2018 para cerca de R$7 bilhões.
O saque emergencial do FGTS das contas ativas ou inativas, foi autorizado no ano passado para estimular a economia do país, contribuindo para a redução do saldo total do Fundo.
Ano passado, em 2019, o lucro auferido em 2018 foi distribuído. Desta vez, será feita apenas uma parte.
Isso ficou a critério do Conselho Curador para decidir o montante exato. Os valores serão definidos na próxima reunião do Conselho que vai acontecer neste mês.