Amazonas muda decisão e prorroga isolamento social no estado

A partir dessa quinta-feira (14), o governador do estado do Amazonas, Wilson Lima (PSC), desistiu de iniciar a reabertura do comércio não essencial. Ao invés disso, o governo prorrogou e endureceu as medidas de isolamento social até o final deste mês. 

Amazonas muda decisão e prorroga isolamento social no estado
Amazonas muda decisão e prorroga isolamento social no estado (Foto:Google)

A novidade é que agora, todos aqueles que saírem estão obrigados a usar máscara em espaços públicos, essa medida já havia sido adotada em diversos estados do país com menor taxa de incidência de casos. E agora está sendo adotada pelo estado por conta do número de casos crescente.

Assim como outros governadores, Lima também ignorou o decreto de Jair Bolsonaro e manteve os comércios como salão de beleza, barbearias e academias fora da lista de serviços essenciais. 

Nesta terça-feira (12), o estado registrou um novo recorde de casos confirmados no período de 24 horas, com mais de 1.249 pessoas infectadas. Agora, o Amazonas tem 14.168 casos de coronavírus e 1.098 óbitos pela doença

Neste novo decreto, está mantida a suspensão até o dia 31 de maio do transporte intermunicipal, interestadual terrestre e fluvial de passageiros. Além disso, a rede pública de ensino também vai continuar com as aulas suspensas. Assim como continua proibida a abertura de igrejas e templos.

No estado só podem ser abertos mercados, farmácias, escritórios de advocacia, lojas de tecido, restaurantes com serviço de entrega e pet shops. 

No dia 30 de abril, o governador do Amazonas anunciou um cronograma de reabertura do comércio de escolas e de outras atividades que aconteceria partir de hoje (14). 

Esse anúncio foi criticado por especialistas por sinalizar à população de que a pandemia já estaria sendo controlado e em declínio. 

Depois de perder em primeira instância, o Ministério Público do Amazonas recorreu ao Tribunal de Justiça pedindo a adoção do lockdown no estado. 

O desembargador Ernesto Chíxaro deu o prazo de 30 dias úteis para que o governo se manifestasse. 

Sem previsão de vacinas, ou de um tratamento médico que realmente faça surtir efeitos em massa, a única recomendação para evitar um colapso no sistema público é o isolamento social. Por conta disso, os governos estaduais têm assumido a responsabilidade de tornar a quarentena mais rígida.

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