O Procon do estado de São Paulo notificou, na última segunda-feira (19), o Banco C6 Bank sobre a cobrança de consignado sem contratação. A medida surgiu após o aumento considerável de reclamações registradas no último mês contra o banco.
O C6 Consignado, controlado pelo C6 Bank foi cobrado pelo Procon para dar explicações sobre a contratação de consignados sem pedido.
A notificação aconteceu na segunda-feira (19), e o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do estado de São Paulo deu 72 horas para o banco responder os questionamentos, ou seja, três dias para apresentar uma defesa plausível diante das reclamações registradas.
Dessa maneira, o C6 Bank tem até amanhã (22) para apresentar uma justificativa diante das inúmeras reclamações. Segundo os consumidores estão acontecendo cobranças de empréstimos consignados não contratados.
E para piorar a situação, os clientes também estão relatando dificuldade para resolver o problema pelo SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) da empresa.
No mês de setembro foram registradas pelo Procon-SP, 149 reclamações contra o Banco C6, sendo que no mês de maio só uma queixa foi cadastrada.
Dessa maneira, o aumento foi gigantesco, sendo que se trata do mesmo assunto. Por esse motivo, foi tomada a decisão de realizar uma notificação pedindo explicações.
Segundo o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do estado de São Paulo, o banco terá que apresentar as seguintes informações:
- Quais são os canais do banco que oferecem a contratação de empréstimo consignado;
- Como cancelar a contratação indevida;
- Se houve algum problema sistêmico que pode ter causado o aumento das reclamações;
- Houve ocorrências semelhantes em 2020;
- Quais as medidas tomadas para resolver os problemas relatados;
- Quais os canais de atendimento.
Segundo o diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez, dispor de um empréstimo consignado sem o pedido do consumidor é uma infração gravíssima ao Código de Defesa do Consumidor. Além disso, fere o direito de escolha do consumidor e compromete a sua economia.
“Se não houver esclarecimento por parte da empresa, o Procon aplicará uma multa severa e vai coibir esse tipo de prática danosa às pessoas, normalmente hipossuficientes, idosos e pessoas sem capacidade de avaliar o perigo que representa o superendividamento”, afirmou Capez.