Uma das grandes novidades lançadas pelo Banco Central para este ano é a adesão do Pix. Como vantagens, o sistema promete transferências financeiras em até 10 segundos, com funcionamento 24 horas por dia, durante toda a semana. Dessa forma, haverá mais praticidade de forma gratuita. Apesar das facilidades, ainda há desconfiança de instituições na questão da segurança. Por isso, o BC adotou alguns recursos para evitar fraudes.
O sistema Pix estará disponível para os clientes a partir do dia 16 de novembro. A partir do dia 5 de outubro poderá ser feito o cadastro das chaves Pix, juntamente com uma das instituições que usarão o sistema Pix.
Medida em suspeitas de fraude
O Pix contará com barreiras de segurança. Quando o cliente confirmar a chave para onde realizará a transferência, receberá as informações para confirmar a veracidade. Caso haja diferença nos dados, poderá realizar o cancelamento.
Caso dê prosseguimento, o banco também fará a confirmação dos dados. Em caso de identificação de alguma suspeita ou irregularidade, a empresa poderá reter a transação por até 30 minutos durante o dia, ou por uma hora durante a noite.
O chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Carlos Eduardo Brandt, afirmou que esse tempo para confirmar a transação será como forma de realizar melhor análise.
“Esse é o tempo que a instituição vai ter para avaliar melhor a transação, eventualmente entrar em contato com você para confirmar se foi você mesmo quem fez, ou fazer algum tipo de autenticação para se certificar de que essa transação não será de fato uma fraude. Se a instituição continuar com uma alta suspeita de fraude, ela vai negar essa transação”.
Quando estiver em análise, o banco informará a pessoa. Caso seja comprovado que alguma transferência foi devido a um crime, será possível realizar o reembolso mesmo sem a autorização prévia de quem recebeu a quantia.
Limite de valores
Além disso, o Banco Central havia informado que o Pix terá limitação no valor para a transação, como medida de segurança. Sendo assim, os agentes financeiros podem estabelecer os limites.
“Discutimos muito com o Banco Central. Em todos os lugares do mundo tem limitação e, a princípio, não teria aqui. Sempre que se começa um sistema de pagamentos instantâneos, há o risco de fraude. Não ter uma limitação era uma preocupação grande”, relata o diretor de estratégias PME e open banking do Itaú, Carlos Eduardo Peyser.