Após solicitação do Supremo Tribunal Federal (STF) para interrupção da emissão da nova nota de R$200, o Banco Central (BC) informou que a suspensão traria prejuízos à sociedade. O pedido aconteceu após alguns partidos questionarem a produção da nova cédula.
De acordo com o Banco Central serão produzidas 20 milhões de nota de R$200 até 02 de setembro. Por esse motivo, defendeu através de um parecer enviado ao STF que é importante continuar a emissão das cédulas.
O anúncio da nova nota de R$200 aconteceu em julho e terá o lobo-guará estampado. A elaboração da cédula e o processo de produção e emissão começaram desde então e, de acordo com o BC parar agora trará um grande prejuízo sociedade, já que a demanda de dinheiro em espécie está muito maior desde o início da pandemia do Covid-19.
Na quinta-feira passada (20), o Supremo Tribunal Federal foi acionado pelos partidos PSB, Rede e Podemos solicitando esclarecimentos sobre o motivo da produção da nova nota de R$200.
Segundo os partidos, na ação apresentada à ministra Cármen Lúcia, relatora no STF, a nova cédula irá facilitar na lavagem de dinheiro e em outros crimes financeiros.
Além disso, de acordo com os partidos, não houve um diálogo entre os interessados, como o Ministério da Justiça e da Segurança Pública, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e o Ministério da Economia.
Outro questionamento feito na ação é que o Banco Central não apresentou nenhum dado ou estudo que explicasse os pontos positivos e negativos dessa ação.
Porém, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, justificou que a criação da nova nota é para o pagamento do auxílio emergencial, pois será necessário emitir mais dinheiro e de forma rápida, portanto a nota de R$ 200 é maneira mais fácil.
Lançamento da nota de R$200
O lançamento da nova cédula está previsto para acontecer na próxima quarta-feira (2). A Casa da Moeda do Brasil deve entregar ao Banco Central 20 milhões de notas que custarão R$ 6,5 milhões.
De acordo com a Casa da Moeda, 7,2 milhões de notas já foram emitidas. O contrato entre a Casa da Moeda e o Banco Central é que seja produzido 450 milhões de cédulas com um custo total de R$ 146 milhões.