STF questiona lançamento da nota de R$200; BC tem 48 horas para resposta

O Supremo Tribunal Federal (STF) solicitou que o Banco Central (BC) explique o motivo da criação da nova nota de R$200. O BC tem até 48 horas para apresentar os motivos que levaram a criação da cédula.

STF questiona lançamento da nota de R$200; BC tem 48 horas para resposta
STF questiona lançamento da nota de R$200; BC tem 48 horas para resposta (Imagem: Reprodução/Google)

Cármen Lúcia, ministra do STF, pediu que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, explique o que levou a criar a nova cédula de R$ 200. Essa medida foi tomada após uma ação movida pelo PSB, Podemos e Rede contra o lançamento da nota.

O pedido foi enviado ontem, terça-feira (25), e tem como base a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF).

A ADPF foi protocolada pelos partidos PSB, Podemos e Rede que afirmam que essa nova nota irá facilitar na lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros.

Segundo os partidos, não houve um diálogo entre os interessados, como Ministério da Justiça e da Segurança Pública, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e o Ministério da Economia.

Além disso, não foi discutido como essa nova cédula pode contribuir para os crimes financeiros tão presentes no país. Outro ponto levantado pelos partidos é que o Banco Central não apresentou nenhum dado ou estudo que explicasse os pontos positivos e negativos dessa ação.

Em contrapartida as acusações sobre a facilitação da lavagem de dinheiro com a nota de R$200, a diretora de Administração do Banco Central, Carolina de Assis Barros, afirmou que esse crime ocorre independente do valor da cédula.

O presidente do Banco Central justificou que a criação da nova nota é para o pagamento do auxílio emergencial, pois será necessário emitir mais dinheiro e de forma rápida, portanto a nota de R$200 é a maneira mais fácil.

De acordo com Campos Neto, as parcelas do auxílio emergencial que eram três se tornaram cinco e agora a expectativa é que seja prorrogada até o fim do ano, portanto mais cédulas precisaram ser produzidas.

Além disso, o retorno desse dinheiro foi inferior e por isso justifica a importância de ter uma moeda disponível.

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.