O metanol, também chamado de álcool metílico, voltou ao debate público após uma série de casos de intoxicação em São Paulo.
A substância, que tem uso na indústria, gerou hospitalizações e mortes recentes ligadas ao consumo de bebidas adulteradas.
O que é o metanol?
O metanol (CH₃OH) é um álcool simples, incolor, inflamável e de cheiro semelhante ao etanol, mas extremamente tóxico para humanos.
Historicamente produzido pela destilação da madeira, hoje é obtido a partir do gás natural. Contudo, tem usos específicos em combustíveis, solventes e na indústria química.
Embora útil no setor industrial, ele não pode ser ingerido. Pequenas quantidades no organismo podem ser fatais, pois o fígado o transforma em formaldeído e ácido fórmico, substâncias que atacam o sistema nervoso e os olhos.
Casos recentes em São Paulo
Entre agosto e setembro, o estado de São Paulo registrou 37 casos suspeitos de intoxicação por metanol, com 6 mortes confirmadas.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, parte dessas ocorrências está relacionada ao consumo de bebidas adulteradas.
As autoridades interditaram seis estabelecimentos, incluindo bares em bairros nobres da capital, como Jardins, Itaim Bibi e Mooca, além de locais em São Bernardo do Campo e Barueri.
Em uma das ações, foram apreendidas 802 garrafas de destilados e lacradas cerca de 128 mil garrafas de vodca em Barueri.
O Ministério da Saúde, diante da gravidade, criou uma Sala de Situação para monitorar os casos em tempo real e orientar os municípios.
Quais são os sintomas e riscos à saúde?
A ingestão de metanol pode causar sintomas como:
- Náuseas e vômitos
- Dor abdominal
- Tontura e turvação visual
- Convulsões
- Cegueira irreversível
- Morte, em casos de maior exposição
Especialistas alertam que a ingestão de apenas 30 ml pode ser letal.
Como se proteger do risco de metanol?
Para reduzir os riscos, a recomendação é, sobretudo, para não consumir bebidas de procedência duvidosa.
Assim, verificar rótulos, lacres, selos fiscais e desconfiar de preços muito abaixo do mercado são indispensáveis para a proteção.
O caso em São Paulo, sem dúvida, serve como alerta para todo o país.
Com o aumento das notificações, autoridades reforçam que a fiscalização vai passar por intensificação, mas a prevenção começa pelo consumidor.