Lula da sinal positivo para transformar a vida do trabalhador CLT

SALESóPOLIS, SP — Na última quarta-feira (30) durante um pronunciamento oficial transmitido nas redes de TV e rádio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez sugestões que podem transformar a vida do trabalhador.

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Lula da sinal positivo para transformar a vida do trabalhador CLT
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)

 

No mais recente pronunciamento oficial de Lula, um dia antes do Dia do Trabalhador, o presidente confirmou que promoverá debates em relação ao fim da escala 6×1. Este é o modelo de trabalho onde se presta serviço por seis dias com direito a uma folga na semana. 

“Nós vamos aprofundar o debate sobre a redução da jornada de trabalho vigente no país, em que o trabalhador e a trabalhadora passam seis dias no serviço e têm apenas um dia de descanso. A chamada jornada 6 por 1. Está na hora de o Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade, para permitir um equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar de trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou o presidente em seu discurso. 

O fim da jornada de trabalho 6×1 foi proposto no ano passado pela deputado Érika Hilton (PSOL). O tema movimentou o país com uma série de discussões a respeito de sua validade, e de seus possíveis impactos. 

Por hora, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que trata do assunto ainda não tem previsão de avançar no Congresso Nacional. 

O que pode mudar com o fim da escala 6×1?

A admissão com carteira de trabalho assinada dá ao trabalhador uma série de garantias previstas pela CLT, como o salário igual ao piso do país ou categoria. Além do direito as férias, 13º salário e a folga semanal. 

A medida criada pela deputada Érika Hilton (PSOL) no ano passado propõe a substituição da escala 6x1por outro modelo, em que a carga de trabalho semanal seja menor. 

Dentro da proposta são inseridos pontos de mudança como:

  • acabar com a possibilidade de escalas de 6 dias de trabalho e 1 de descanso, chamada de 6×1;
  • alterar a escala de trabalho para um modelo em que o trabalhador teria três dias de folga, incluindo o fim de semana;
  • o período máximo trabalhado seria de 8 horas por dia e 36 horas semanais;
  • a escala seria de 4×3, com quatro dias de trabalho por semana e 3 dias de descanso;

“[a PEC] reflete um movimento global em direção a modelos de trabalho mais flexíveis aos trabalhadores, reconhecendo a necessidade de adaptação às novas realidades do mercado de trabalho e às demandas por melhor qualidade de vida dos trabalhadores e de seus familiares”, defende Hilton, criadora do projeto.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com