Salário mínimo em dólar atinge queda histórica evidenciando perda do poder de compra brasileiro

O salário mínimo de 2025, fixado em R$ 1.518, equivale a US$ 251 no câmbio atual. Esse valor representa apenas metade do pico registrado em fevereiro de 2012, durante o governo Dilma Rousseff (PT), quando alcançou US$ 506, ajustado pela inflação dos Estados Unidos da América (EUA).

Salário mínimo em dólar atinge queda histórica evidenciando perda do poder de compra brasileiro. Imagem: Jeane de Oliveira/FDR

Comparado aos mandatos anteriores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o salário mínimo superou o atual patamar de US$ 251 em abril de 2006, ainda no primeiro governo. A desvalorização reflete mudanças econômicas e variações cambiais ao longo dos anos.

O salário mínimo, atualmente em R$ 1.518, já esteve acima de US$ 251 durante todo o segundo mandato de Lula (2007-2010), considerando valores corrigidos pela inflação dos EUA. Em dezembro de 2010, alcançou US$ 441, refletindo um poder de compra mais elevado.

A desvalorização do salário mínimo em dólar evidencia a redução do poder aquisitivo dos brasileiros, especialmente para produtos indexados à moeda norte-americana, como compras internacionais. Para atingir o mesmo valor em dólar registrado no governo Dilma Rousseff, o salário mínimo precisaria ser de R$ 3.056, com base na cotação da última quinta-feira, 16.

Comparações entre o salário mínimo e o dólar

De acordo com uma apuração feita pelo Poder360:

  • Dólar atualizado: O salário mínimo foi convertido com base no dólar ajustado pelo CPI (índice de preços ao consumidor) dos Estados Unidos. Esse método corrige o valor nominal do dólar em relação ao real, refletindo o poder de compra atual da moeda norte-americana.

  • Dólar nominal: O valor do salário mínimo vigente em cada mês foi calculado com base na cotação do dólar no fechamento daquele período, sem ajustes para inflação ou poder de compra.

  • Salário mínimo pelo IPCA: O valor do salário mínimo em cada mês foi atualizado utilizando o IPCA acumulado até novembro de 2024. Esse critério considera a inflação brasileira para refletir o poder de compra ao longo do tempo.