Estimativa aponta liberação do PIS/PASEP para 25,8 milhões de trabalhadores em 2025

O Governo Federal prevê que, em 2025, cerca de 25,8 milhões de trabalhadores terão direito ao PIS/PASEP. Essa estimativa está no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, que foi encaminhado recentemente ao Congresso Nacional.

Estimativa aponta liberação do PIS/PASEP para 25,8 milhões de trabalhadores em 2025. Imagem: Jeane de Oliveira/FDR

O PIS/PASEP, previsto na Constituição, garante um abono salarial anual de até um salário mínimo, atualmente R$ 1.412, para quem recebe, em média, até dois salários mínimos por mês, R$ 2.428.

Os depósitos do abono salarial PIS/PASEP de 2024, referente ao ano-base 2022, começaram na semana passada, seguindo um novo modelo de unificação para trabalhadores do setor privado e servidores públicos.

O valor do abono é calculado com base no tempo de trabalho. O montante é determinado dividindo o salário mínimo atual por 12 e multiplicando pelo número de meses trabalhados no ano-base. Assim, apenas quem trabalhou durante todo o ano-base recebe o valor equivalente a um salário mínimo completo.

Continue acompanhando para entender melhor sobre o funcionamento do PIS/PASEP e quem sabe acerca de uma possível antecipação do abono. Neste link, eu te ensino a consultar a disponibilização do pagamento. Confira!

Antecipação do PIS/PASEP

A solicitação do governo Lula ao Tribunal de Contas da União (TCU) para antecipar o pagamento do abono salarial PIS/PASEP reacendeu os debates sobre os efeitos dessa medida. A proposta do governo visa reduzir o intervalo entre a obtenção do direito e o pagamento do benefício, diminuindo de dois anos para um.

Essa mudança, porém, traz consigo um impacto significativo para as contas públicas, com uma projeção de custo em torno de R$ 30 bilhões para 2025. A antecipação do PIS/PASEP poderia afetar investimentos planejados e colocar pressão sobre o equilíbrio fiscal do país, levantando questões sobre a viabilidade financeira e a sustentabilidade a longo prazo.

O governo defende que manter o calendário atual do PIS/PASEP é fundamental para evitar erros de pagamento e garantir estabilidade fiscal. O sistema atual permite uma checagem mais detalhada dos beneficiários e ajusta o valor do benefício ao salário mínimo em vigor, evitando prejuízos para os trabalhadores.

Antecipar o pagamento do abono salarial para 2024 exigiria uma reestruturação orçamentária significativa. Tal mudança pode aumentar a pressão sobre os recursos financeiros já restritos, prejudicando a execução de programas governamentais cruciais e impactando a prestação de serviços públicos.

O efeito fiscal seria considerável: antecipar o pagamento integral do PIS/PASEP para o orçamento atual geraria uma série de restos a pagar e poderia criar lacunas em áreas críticas, ameaçando o financiamento de projetos importantes para o país.

Quem pode receber o PIS/PASEP?

Para receber o PIS/PASEP, o trabalhador precisa constatar o direito ao abono salarial no ano de referência, neste caso, 2022. Em todo o caso, as regras de elegibilidade não foram alteradas nos últimos anos. Sendo assim, é preciso estar de acordo com os seguintes critérios:

  • Estar inscrito nos programas do PIS/PASEP há, pelo menos, cinco anos;

  • Ter trabalhado com carteira assinada por, pelo menos, 30 dias consecutivos ou não;

  • Ter recebido até dois salários mínimos;

  • Ter os dados trabalhistas devidamente informados e atualizados na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Muitas pessoas se concentram apenas no fato de terem trabalhado por alguns meses durante o ano de referência para o pagamento. Contudo, se esquecem que é preciso ter, pelo menos, cinco anos de carteira assinada, sejam eles consecutivos ou não. Do contrário, o PIS/PASEP não é liberado.

O trabalhador também deve se atentar ao período padrão de inscrição no PIS/PASEP, que é de cinco anos. Somente após este tempo o trabalhador terá direito de receber o primeiro abono salarial, mesmo que já cumpra todos os outros requisitos.

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.