Nesta terça-feira (4), a holding Itaúsa informou que realizou a venda de 6,5 milhões de ações Classe A da XP Inc. O número representa 1,17% do capital da plataforma de investimento, sem levar em conta as ações em tesouraria. O desinvestimento recente foi pelo valor aproximado de R$ 660 milhões.
Com a venda recente, a holding do Itaú passou a ter posse de 50.970.985 ações ordinárias Classe A de emissão da XP. O número de ativos equivale a 9,17% do capital da plataforma de investimento, e 3,27% de seu capital votante.
A Itaúsa ressaltou que, por conta do acordo de acionistas da XP, seguem inalterados o direito de indicar membros ao Conselho de Administração e Comitê de Auditoria da XP.
A holding do Itaú também informa que a alienação decorre da decisão estratégica da empresa de diminuir sua participação na plataforma de investimento. Isso porque a XP não se trata de ativo estratégico.
Além disso, a Itaúsa argumenta que a diminuição de participação também visa reforçar o caixa e aumentar o nível de liquidez da companhia.
A holding prevê que o desinvestimento causará impacto positivo nos resultados da Itaúsa do quarto trimestre deste ano, em cerca de R$ 300 milhões, líquidos de impostos.
Itaú realizou outros desinvestimentos recentes na XP
Neste ano, a holding do Itaú chegou a realizar outros dois desinvestimentos na XP. Em março, a Itaúsa vendeu de 12 milhões de ações da plataforma de investimento. O valor aproximado foi de R$ 1,8 bilhão.
Na ocasião, a companhia alegou que poderia se desfazer de mais 24 milhões de ativos. Isso dependeria das condições de mercado.
Já em julho, a holding vendeu mais 7 milhões de ações da XP, pela quantia aproximada de R$ 665 milhões. Segundo a empresa, os valores obtidos com o desinvestimento seriam usados no investimento da CCR. Na
Ao todo, a Itaúsa vendeu 25,5 milhões de ações da plataforma de investimento. Já ao considerar a possibilidade de venda informada em março, a holding ainda poderia se desfazer de outras 10,5 milhões de ativos até o fim deste ano.
À Exame, o CEO da Itaúsa, Alfredo Setubal, informou, em agosto, que a empresa deseja investir em companhias não financeiras. Ele revelou que a holding usará as ações da XP para amortizar dívida e realizar novos movimentos.
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