Desde o dia 22 de julho a Caixa Econômica Federal atualizou as condições de financiamento imobiliário por meio do Casa Verde e Amarela. A medida faz parte de uma ordem do governo federal, e na prática mudou as faixas de renda para conseguir adquirir a casa própria. Além da atualização dos subsídios, isto é, valor oferecido pelo governo para compra do imóvel.
A medida foi promovida pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, mas contou com aprovação do Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS). A partir disso, foram alteradas as linhas FGTS Habitação Popular e Pró-cotista, que estão relacionadas ao programa Casa Verde e Amarela.
A linha Pró-Cotista trata justamente do programa Casa Verde e Amarela, este que tem como objetivo facilitar o acesso de pessoas de baixa renda à compra da casa própria. Com a diminuição das taxas, acredita-se que os cancelamentos de contratos também vão cair.
“Estamos promovendo diversas medidas de melhorias no Programa com o objetivo de facilitar o acesso das famílias à aquisição da casa própria. Com juros mais baixos, a atualização das rendas e a ampliação dos subsídios federais, muitas pessoas que não se enquadrariam nas regras e não teriam condições de contratar um financiamento passarão a ter”, explica o ministro do Desenvolvimento Regional Daniel Ferreira.
Por conta da disparada no valor dos materiais de construção e na valorização dos imóveis, os próprios empresários do setor solicitaram ao Planalto que houvessem mudanças. Já que esta área encontrava mais dificuldade em oferecer seus produtos, tendo em vista os valores maiores para compra.
O que muda nas faixas de renda do Casa Verde e Amarela
Após aprovação do Conselho Curador do FGTS e do governo federal, o limite de renda para conseguir o financiamento pelo Casa Verde e Amarelo foi alterado. Isso significa que novas famílias poderão solicitar o uso das condições por meio do programa.
- Grupo 1: reajuste de R$ 2 mil para R$ 2,4 mil;
- Grupo 2: reajuste de R$ 4 mil para R$ 4,4 mil;
- Grupo 3: reajuste de R$ 7 mil para R$ 8 mil.
O subsídio oferecido para o grupo 1 e 2 também foi alterado. O subsídio é o valor que o governo paga para compra do imóvel da família beneficiada. O site do Ministério de Desenvolvimento traz o seguinte exemplo:
- Antes da mudanças família com renda de até R$ 1,8 mil, contava com R$ 29 mil de subsídio agora contará com subsídio de R$ 47,5 mil;
- Famílias com renda de até R$ 2,4 mil que estava apta a receber R$ 11,8 mil de subsídio anteriormente, vai receber R$ 24,9 mil.
Taxa de juros do financiamento
O prazo para financiamento também alterou, passando de 30 para 35 anos. E para o fundo no programa Pró-Cotista também haverá uma redução temporária da taxa de juros, pelo menos até 31 de dezembro.
E assim, passa de 8,66% para 7,66% ao ano, e em meio ponto percentual para imóveis com valor superior a R$ 350 mil, que passa de 8,66% para 8,16% ao ano. Enquanto os valores acima de R$ 350 mil, até o teto do Sistema Financeiro Habitacional, de R$ 1,5 milhão, a taxa também caiu, e passa a ser de TR + 8,16% a.a..