- Pré-candidatos à presidência já preparam promessas de campanha para pleito eleitoral de 2022;
- Bolsonaro não cumpriu maior parte das promessas da última campanha e as repete na campanha atual;
- Lula foca em acabar com o teto de gastos.
As eleições de 2022 já tem data marcada, para o dia 2 de outubro. Com a proximidade do pleito eleitoral, os pré-candidatos à presidência já se preparam e escancaram as principais promessas de campanha visando o clamor e apoio dos eleitores. Bolsonaro e Lula se destacam neste cenário, tendo em vista a rivalidade natural entre os dois.
A situação do país é crítica, vários setores estão defasados e necessitam de atenção estrita. No entanto, acredita-se que a economia do Brasil tende a ser uma pauta sobressalente. Isso porque, com a estabilidade econômica é possível mergulhar de cabeça em outros setores com foco em uma solução efetiva e viável.
Vale lembrar que, a economia do país que já vivia um período crítico, lutando pela recuperação em meio aos pós-pandemia, agora também sofre indiretamente os efeitos da guerra na Ucrânia. Em massa, o maior impacto cai sobre a população de baixa renda. Neste sentido, veja quais as principais promessas de campanha de Bolsonaro e Lula.
Promessas de campanha de Bolsonaro
O atual presidente da República e pré-candidato à presidência no pleito eleitoral de 2022, tem anunciado uma série de projetos em vários setores, sobretudo o econômico. O que nem todos se atentaram ainda é que, são basicamente as mesmas promessas de campanha que o elegeram em 2018. Porém, a maior parte ainda não foi cumprida até hoje.
Veja os pontos mais acentuados por Bolsonaro:
- Desoneração da folha de pagamento;
- Criação da carteira de trabalho verde e amarela;
- Redução da dívida pública em 20%;
- Equilíbrio no reajuste dos impostos;
- Introduzir um modelo de capitalização na Previdência;
- Unificação dos tributos federais;
- Redução do Imposto de Renda.
Em contrapartida, das promessas de campanha feitas ainda em 2018, Bolsonaro conseguiu cumprir:
- Reduzir alíquotas de importação e barreiras não tarifárias;
- Simplificar a abertura e o fechamento de empresas;
- Não recriação da CPMF;
- Fazer com que os preços praticados pela Petrobras sigam os mercados internacionais;
- Reduzir a carga tributária bruta;
- Acabar com o monopólio da Petrobras na cadeia de produção do gás natural;
- Vender ativos da Petrobras;
- Ter independência formal do Banco Central.
Em quatro anos de mandato, especialmente nos últimos dois anos, Bolsonaro se concentrou em acabar ou reestruturar as políticas públicas criadas durante a gestão petista. Um exemplo é a substituição do Bolsa Família pelo Auxílio Brasil, deixando o programa “com a sua cara”, como fez questão de reforçar durante todos os trâmites de regularização da transferência.
O Auxílio Brasil acabou de passar por uma nova ampliação e já ultrapassa os 18 milhões de beneficiários. Cada família receberá, a partir deste mês, a mensalidade fixa e permanente de R$ 400. No entanto, é preciso que estejam inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e com os dados regularizados.
Logo após o lançamento do Auxílio Brasil em novembro de 2021, Bolsonaro também conseguiu implementar o Vale Gás, também direcionado à população de baixa renda. O programa concede um benefício equivalente a 50% do valor médio atual do botijão de gás. Assim, famílias que enfrentam dificuldades na compra desse insumo essencial, passam a ter um amparo bimestral.
Promessas de campanha de Lula
Em contrapartida, o ex-presidente e pré-candidato à presidência em 2022, Luiz Inácio Lula da Silva, bate na tecla de acabar com o teto de gastos do Governo Federal. O intuito é derrubar o gasto relacionado ao Produto Interno Bruto (PIB) que afeta diretamente o impacto econômico.
“Não haverá teto de gastos no nosso governo. Não que eu vá ser irresponsável, gastar para endividar o futuro da nação. É porque nós vamos ter que gastar aquilo que é necessário na produção de ativos produtivos, de ativos rentáveis, e a educação é um ativo rentável. É a coisa que dá o retorno mais rápido para que a gente possa produzir”, declarou.
Para Lula, o teto de gastos limita o crescimento das despesas públicas do Governo Federal em relação ao ano anterior. A regra foi implementada em 2016 durante a gestão do ex-presidente Michel Temer.
Pesquisa eleitoral
De acordo com a última pesquisa eleitoral, divulgada pelo Instituto Genial/Quaest, Bolsonaro e Lula empataram na intenção de votos entre os eleitores do Estado do Rio de Janeiro (RJ). Atualmente, ambos chegaram ao percentual de 35%.
A pesquisa foi realizada entre 12 a 15 de maio, com a participação de 1,2 mil entrevistados cariocas. A margem de erro é de 2,8 pontos percentuais. O nível de confiança é de 95%.