Os trabalhadores poderão perder o vale-refeição devido ao novo sistema tributário. A equipe econômica do Governo Federal vem trabalhando em um projeto que visa reformular o Imposto de Renda de Pessoa Física.
O projeto de reformulação do e IRPF 2022 prevê o fim da isenção para as empresas que ofertam vale-alimentação e vale-refeição. É importante lembrar que os trabalhadores de carteira assinada têm direito ao recebimento do vale-refeição ou vale-alimentação.
As empresas que pagam esses benefícios recebem isenções na Declaração do Imposto de Renda, com redução nas taxações tributárias. Porém, o governo avalia a possibilidade de acabar com essas isenções vinculadas ao vale-refeição.
Dessa maneira, o benefício corre o risco de acabar já que os empregadores não terão mais direito aos descontos no IRPJ. Assim, os vales deixarão de ser benéficos para as empresas e passarão as ser apenas mais um gasto com o empregado.
Segundo o relatório do Ministério da Economia 280 mil empresas ofertam o vale-alimentação e o vale-refeição. Com isso, aproximadamente, 22,3 milhões de trabalhadores são contemplados pelo abono.
Com o fim da isenção do IRPJ, o governo pretende arrecadar R$ 1,4 bilhão no próximo ano e R$ 1,5 bilhão em 2023. Esses recursos irão gerar o maior retorno financeiro para as contas públicas já registrado até então.
O vale-alimentação e o vale-refeição são benefícios recebidos pelo trabalhador de carteira assinada e tem como intuito auxiliar no seu orçamento. Com isso, os profissionais não precisão pagar as refeições necessárias durante o expediente.
Além de prejudicar os trabalhadores, a ação prevista pela equipe econômica do governo irá atingir, principalmente, os restaurantes. Em entrevista para o portal UOL, o presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Paulo Solmucci, afirma que o fim da isenção irá impactar os setores de alimentos.
De acordo com Solmucci, parte do faturamento de restaurantes vem através do vales repassados pelas empresas. Sendo assim, é esperado que os trabalhadores passem a reduzir o consumo de alimentos fora de casa.
A Reforma Tributária ainda não tem previsão para ser validada. Por enquanto, está nas mãos do Ministro da Economia, Paulo Guedes, que busca outras formas de reduzir as despesas do país para concluir o documento.