INSS pode adotar novo método de análise da pensão por morte e anima beneficiários

Ao contribuir para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) o trabalhador não planeja apenas a sua vida após o trabalho, mas também cria um respaldo financeiro aos seus dependentes. Quando ele faltar tem a certeza que seus familiares serão amparados. 

pensão por morte
INSS pode adotar novo método de análise da pensão por morte e anima beneficiários
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)

A partir de 2019, com a reforma da Previdência, ficou mais difícil receber 100% do valor de salário do trabalhador falecido pela pensão por morte. Ainda assim, o INSS libera 50% da aposentadoria ou salário mais 10% por dependente, podendo chegar a 100%. 

Porém, uma decisão importante tomada pela justiça recentemente chamou atenção. Isso porque, o INSS está sendo pressionado a usar outros tipos de métodos para chegar ao valor final da pensão. 

INSS deve mudar cálculo da pensão por morte de beneficiária

Uma beneficiária entrou com ação na Justiça contra o INSS solicitando que o cálculo da pensão por morte deixada por seu marido inclua valores reconhecidos em decisão trabalhista. 

O juiz Federal substituto Rafael Franklim Bussolari, da 1ª vara de Itaperuna/RJ, que analisou o caso, determinou que o INSS revise a renda mensal inicial do benefício considerando as parcelas remuneratórias decorrentes do vínculo empregatício do falecido. 

Este vínculo foi reconhecido pela Justiça do Trabalho, e a viúva solicita que os valores sejam agregados ao cálculo de salário do seu falecido marido

Em linhas gerais, o INSS vai precisar rever o valor de salário da pensão por morte incluindo os acréscimos remuneratórios reconhecidos em reclamação trabalhista, e pagar à autora as diferenças vencidas. 

Como pedir pelo recálculo da pensão por morte?

Quem passa pela mesma situação e gostaria que o INSS incluisse no cálculo da pensão por morte os direitos adquiridos em ação trabalhista, precisa entrar com uma nova ação solicitando a revisão de valores. 

Neste caso será preciso contar com a ajuda de um advogado previdenciário que vai montar sua defesa e apresentar na Justiça. A decisão final vai depender do entendimento do juiz que pegar o caso. 

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com
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