Um recente levantamento realizado pela Frente Nacional dos Consumidores de Energia tem preocupado os brasileiros. Isso porque, a pesquisa indica que uma das discussão que acontecem no Senado Federal sobre a distribuição de energia elétrica pode aumentar em R$ 4 bilhões o valor das contas de luz.
Está em discussão no Senado Federal, com boas chances de aprovação, um projeto que cria subsídios para financiar a energia solar e Pequenas Centrais Hidrelétricas. Acontece que, segundo o estudo realizado pela Frente Nacional de Consumidores de Energia, as contas de luz serão diretamente impactadas.
O levantamento prevê que em um prazo de 22 anos os custos da conta de energia elétrica deve receber o adicional de R$ 4 bilhões. Deste total, R$ 238 bilhões são subsídios, resultado da soma dos cerca de R$ 150 bilhões já previstos com mais um adicional de R$ 88 bilhões que os senadores podem acrescentar.
Diante dessa liberação, as contas de luz teriam um impacto de 5,4% em seus valores durante o período de 22 anos. Atualmente já é possível sentir um peso significativo da conta de luz no bolso dos brasileiros. A inflação de agosto que ficou em %, por exemplo, foi justamente puxada pela alta na energia elétrica.
“Esse volume de subsídios afeta, inclusive, a inflação do país, porque mais de 200 milhões de brasileiros, que ganham menos, estão pagando subsídios para os 2 milhões que ganham mais e não precisam desse tipo de ajuda“, afirma Luiz Eduardo Barata, presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia.
Aumento nas contas de luz com a energia solar
Existe um Projeto de Lei (PL) em discussão no Senado Federal, nº2.703/2022, de autoria de Celso Russumano (Republicanos-SP) com objetivo principal de prorrogar os subsídios oferecidos para bancar a energia solar. Os subsídios são financiamentos do governo.
Em contrapartida a esses subsídios, considerando o PL 2.703 e outro projeto de lei que já trata sobre o mesmo assunto, as contas de luz sobem para R$ 10, 8 bilhões ao ano, de 2024 a 2045, para os consumidores de energia. Os consumidores ainda teriam de arcar com algo em torno de R$ 1 bilhão em impostos ao ano.
Para a Frente Nacional de Consumidores de Energia, os subsídios para as energias renováveis perderam o sentido, já que os projetos dessas fontes atualmente são rentáveis.