Demitidos em 2020 podem ter direito a DINHEIRO guardado no FGTS

Pontos-chave
  • Fundo de Garantia é concedido como uma ajuda ao profissional que perdeu o emprego
  • Governo deve rever quase do FGTS
  • Veja os motivos que levam ao bloqueio do saldo

Governo quer liberar um importante saque para quem foi demitido a partir de 2020. O dinheiro do FGTS é disponibilizado na conta do trabalhador toda vez que ele é demitido sem justa causa. Mas, algumas situações podem fazer com o valor fique retido.

Demitidos em 2020 podem ter direito a DINHEIRO guardado no FGTS
Demitidos em 2020 podem ter direito a DINHEIRO guardado no FGTS (Imagem: Montagem/FDR)

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço é formado pelos saldos presentes nas contas em nome dos trabalhadores; os depósitos são feitos nelas pelos empregadores. Após a demissão, o trabalhador pode sacar o FGTS. O Governo Federal deve possibilitar que pessoas demitidas a partir de 2020 façam o saque do valor retido.

Esse benefício foi criado para ser uma espécie de “salvamento” do profissional que acabou de ficar desempregado. Ou seja, o valor deve ser utilizado para ele conseguir se manter até conseguir uma nova vaga de emprego.

Esse é um dos pontos que faz com que o MEI que trabalha com carteira assinada não receba o FGTS. Afinal, o governo entende que aquele profissional tem condições de se manter com a remuneração como microempreendedor individual.

Por que o saldo do FGTS está bloqueado?

O bloqueio acontece por algumas razões; confira:

Saque aniversario

Quando você seleciona essa opção, todos os anos no mês do seu aniversário você poderá realizar o saque do valor. No entanto, antes de fazer essa escolha é importante ficar atento a alguns fatores:

  1. Você só poderá retornar a modalidade normal após o período de 2 anos;
  2. Caso seja demitido durante esse período, não poderá fazer o saque do valor presente nas contas;
  3. Depois de escolher abandonar essa modalidade, não será mais possível retornar a ela

Questões judiciais

Caso a justiça determine a busca de bens em nome do trabalhador, as contas poderão ser bloqueadas. Isso também acontece quando o saldo está envolvido em algum processo.

Empréstimos ou financiamentos

Se você escolher utilizar o seu saldo para financiar um imóvel.

Por exemplo, ao ser demitido não poderá fazer o saque do saldo presente na conta.

A outra situação é quando você utiliza o saldo como garantia ao solicitar um empréstimo, a conta também ficará bloqueada.

A pedido do empregador

Imagine a situação em que o seu chefe fez um depósito a mais na sua conta, então, o bloqueio é feito para resolver o problema.

Mas, calma, em todas essas situações é possível fazer o desbloqueio do saldo.

No entanto, no saque aniversário você terá que esperar dois anos para ter acesso ao valor.

Demitidos em 2020 podem ter direito a DINHEIRO guardado no FGTS
Demitidos em 2020 podem ter direito a DINHEIRO guardado no FGTS (Imagem: Montagem/FDR)

Governo libera saque do FGTS para demitidos em 2020

Segundo informações do jornal O Globo, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, encaminhou uma proposta à Casa Civil possibilitando o saque.

O texto determina que pessoas demitidas a partir de 2020 sem justa causa e que optaram pelo saque aniversário poderão ter acesso ao valor remanescente.

A medida é importante porque ao escolher essa modalidade de saque o restante do valor fica bloqueado pelo período de dois. Quando ele é demitido nesse período, recebe apenas a multa de 40% sobre o saldo do FGTS.

A estimativa é de que essa medida tenha um impacto de R$ 14 bilhões aos cofres públicos.

O ministro tem afirmado que recebe muitos pedidos para acabar com esse período de carência, o que pode estar perto de acontecer. Luiz Marinho já deixou claro em outros momentos que é contra essa modalidade de saque.

“Com esse método [de saque-aniversário], ele [trabalhador] acaba perdendo o emprego e não podendo sacar o fundo porque aderiu ao saque-aniversário”, afirmou ele no começo desse ano.

Vale lembrar que em julho, a notícia sobre o fim do saque aniversário pegou muitos brasileiros de supresa criando um clima de preocupação.

Dias depois dessa notícia se espalhar, o próprio ministro se manifestou afirmando que a ideia não é o fim.

Mas, sim a criação de mecanismos que desestimulem os brasileiros a abandonar essa prática.

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Jamille Novaes
Baiana, formada em Letras Vernáculas pela UESB, pós-graduada em Gestão da Educação pela Uninassau. Apaixonada por produção textual, já trabalhou como corretora de redação, professora de língua portuguesa e literatura. Atualmente se dedica ao FDR e a sua segunda graduação.