Em época de declaração do imposto de renda, fazer parte da lista de isenção é um alívio para muitas pessoas. Em proposta inusitada de ampliação da isenção, a intenção desse governo é proporcionar um alívio fiscal para os trabalhadores que pagam Imposto de Renda. Confira mais detalhes a seguir.
O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, anunciou, no domingo (7), diante da perda de poder aquisitivo da população por causa da inflação alta, uma nova faixa de isenção do Imposto de Renda.
A medida, que aumentou em 125% o piso para o pagamento do Imposto de Renda, visa apaziguar os efeitos da alta inflação no país e é uma forma de trazer um alívio fiscal para os trabalhadores que pagam o imposto.
“Decidimos aumentar, a partir de maio, o piso do Imposto de Renda para 506.230 pesos (aproximadamente R$ 11 mil no câmbio oficial), gerando um alívio fiscal para mais de 250 mil trabalhadores que deixarão de pagar o imposto a cada mês”, escreveu o ministro no Twitter.
A mudança vinha sendo pedida pelos sindicatos de trabalhadores. Isso porque os reajustes salariais negociados pelos sindicatos por causa da inflação permitem que os rendimentos aumentem, mas fazem com que mais trabalhadores tenham de pagar Imposto de Renda.
Neste ano, o aumento no salário foi de 26,6% e a negociação foi para ser em três parcelas: 15,6% em abril, 6% em maio e 5% em junho. Com isso, o salário mínimo alcançará 87.987 pesos (pouco mais de R$ 2.180,00) em junho.
“Essa nova desoneração é fundamental para que o imposto não afete os aumentos salariais e faz parte do nosso compromisso constante de melhorar o poder aquisitivo e de compra das pessoas”, escreveu Massa.
Isenção do imposto de renda
No mês de abril, o governo de Alberto Fernández já tinha decidido isentar do Imposto de Renda cerca de 600 mil trabalhadores.
O salário médio na Argentina no setor privado é de 226.675 pesos (cerca de R$ 4.700, no câmbio oficial), segundo dados de janeiro do Ministério do Trabalho.
Crise no país
A Argentina vive uma profunda crise econômica. As projeções são de que a inflação da Argentina siga em alta. O relatório mensal dos analistas de mercado consultados pelo Banco Central da Argentina (BCRA) mostrou uma alta nas suas projeções.
No momento atual, com o caos econômico do país latino, o presidente Alberto Fernández já afirmou que não disputará à reeleição marcada para 22 de outubro de 2023.
De acordo com os últimos dados oficiais disponíveis, a Argentina registrou uma taxa de inflação em 12 meses de 104,3% em março passado. O patamar oficial da inflação de abril, contudo, será divulgado somente no dia 12 de maio.
