Super Quarta: Entenda por que o dia de hoje pode mudar o FUTURO do Brasil e do mundo

Pontos-chave
  • Entenda a importância da Super Quarta
  • Taxa Selic deve permanecer no patamar atual no Brasil

Hoje, quarta, 3 de maio, não é um dia qualquer. Estamos na Super Quarta, dia em que os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos determinam suas taxas de juros, que são referências para as economias. As decisões tomadas hoje se refletem na vida financeira da população.

Super Quarta: Entenda por que o dia de hoje pode mudar o FUTURO do Brasil e do mundo
Super Quarta: Entenda por que o dia de hoje pode mudar o FUTURO do Brasil e do mundo. (Imagem: FDR)

As decisões impactam a vida das pessoas através de dois pontos centrais: no custo do crédito e no rendimento das aplicações de renda fixa.

Super Quarta 

Tanto no Brasil como nos Estados Unidos, os bancos centrais elevam as taxas de juros para conter a inflação, aumentando a despesa com empréstimos e, consequentemente, reduzindo o consumo. 

Por aqui, a projeção é praticamente unânime de que o Copom (Comitê de Política Monetária) irá manter a taxa de juros Selic no patamar atual, de 13,75% ao ano pela sexta vez seguida, de acordo com um levantamento realizado pelo portal Valor com 112 consultorias e instituições financeiras.

A Selic é a taxa básica de juros da economia. Seu nome vem de uma abreviação de Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, um sistema administrado pelo Banco Central do Brasil (BCB) em que são negociados títulos públicos federais.

“Quando ouvimos “A taxa Selic subiu” ou “A taxa Selic caiu” é necessário compreender de que forma essa movimentação irá afetar o nosso dia a dia, pois ela impacta diretamente os empréstimos, financiamentos de imóveis, veículos etc. e investimentos que são atrelados à taxa Selic, como os de renda fixa: CDB, LCI/LCA e a caderneta de poupança”, disse Iverson Leles de Souza, supervisor de crédito e educador financeiro do Banco Semear.

Porém, os olhares estão direcionados muito mais para o comunicado que será divulgado pelo Copom. A grande questão que muitos querem saber é se terá uma indicação de redução de juros no horizonte, em linha com a previsão embutida nos valores dos ativos recentemente.

No último encontro do comitê, no início de março, os investidores se surpreenderam com o tom conservador que foi adotado. Após isso, nas últimas semanas, algumas sinalizações de respiro na inflação e queda do dólar fizeram com que o mercado antecipasse suas expectativas para o inicio do clico de queda da Selic para os meses de agosto ou setembro.

Economistas mantém cautela 

Mesmo diante destas sinalizações de alívio na inflação, uma parte dos economistas segue cautelosa. Segundo a pesquisa do Valor, mediana das expectativas indica os juros em 12,5% no fim deste ano.

Juros devem aumentar nos Estados Unidos 

Nos EUA, é grande a expectativa pelo que será decidido pelo FED (Federal Reserve). Os juros no país devem aumentar 0,25 ponto percentual, subindo para o patamar entre 5% e 5,25% ao ano, de acordo com 94% dos palpites reunidos pelo CME Group. 

A compra dos ativos do First Republic pelo J.P. Morgan, que foi comunicada no início desta semana, pode ter consolidado essa expectativa, depois da divulgação de indicadores que comprovaram a força da economia dos Estados Unidos.

Aqui, a decisão do FED também é o que importa menos. O ponto mais importante é o sinal do banco central americano a respeito do futuro do país.

O desejo dos investidores é saber se esta vai ser a última subida de juros do ciclo que começou em março do ano passado, a partir das proximidades de zero, ou se existem novas altas no horizonte.

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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