Após os primeiros 100 dias do Governo Lula, estes setores continuam com expectativas elevadas

Lula completou 100 dias de Governo e os primeiros balanços já começam a ser feitos. Desde a eleição, foram criadas expectativas em alguns setores, em função das políticas implantadas nos últimos governos petistas. Confira abaixo quais são estes setores.

No primeiro pregão da Bolsa de Valores brasileira após as Eleições de 2022,  papéis dos setores de educação e construção civil dispararam, como Cogna, MRV e Yduqs foram destaque, evidenciando a expectativa dos investidores.

Os 100 primeiros dias

No entanto, após completar 100 dias desde a posse do presidente, as ações desses setores não apresentaram grandes desempenhos, diferente do esperado.

Luciano Feres, economista e CFO da Somus Capital, comenta qu a expectativa com o novo governo era investimentos nos setores de construção e educação, mas não é o que vem acontecendo na prática.

“Com o novo governo, a nossa expectativa inicialmente era o aumento nessas áreas, porém para termos um desenvolvimento nesses setores temos que antes mitigar risco de mercado para atrair investidores, isso não vem acontecendo principalmente pelos embates entre setores econômicos com o governo e o temor de que a qualquer momento observarmos uma irresponsabilidade fiscal”, comenta Feres.

Com a manunteção da taxa Selic em 13,75% em março, o Ibovespa registrou a maior baixa desde julho de 2022, encerrando o dia em queda de 2,29%, aos 97,926 pontos. O índice chegou a bater a mínima dos 96.997. Entre os papéis mais afetados esteve o de construção.

Feres explica que o governo ainda precisa apresentar seu plano de governo, tranquilizar o mercado com sua responsabilidade fiscal e começar a ter uma maior sinergia com investidores. “O novo arcabouço fiscal pode ser o primeiro passo, mas ainda existe um longo caminho que precisa ser percorrido pela equipe econômica”, diz o especialista.

O que esperar dos setores de construção e educação 

Nos últimos tempos, seja pelo aumento da taxa de juros ou pelo período de pandemia, os setores de construção e educação operaram em baixa.

Para Feres, em função dos últimos balanços, apesar da baixa, as empresas dos setores de construção e educação passaram por turbulências e entregaram um resultado satisfatório para o mercado, se comparado ao cenário que enfrentaram.

O setor de educação, especificamente, é essencial para um país que deseja se desenvolver economicamente em médio e longo prazo. Se ele estiver bem desenvolvido, trabalhadores tendem a estar cada vez mais qualificados e em maior quantidade.

Já o setor de construção, por outro lado, é um grande gerador de empregos e desenvolve as  cidades e regiões, além de trazer atratividade em regiões pouco exploradas.

Luciano finaliza comentando que os dois setores são os principais para governos que querem desenvolver o país. Governos considerados populistas, como o atual, tendem a fazer grandes incentivos para esses setores se desenvolverem e capacitarem mais a população e gerarem empregos. Porém, na prática, é um pouco mais difícil e são muitos os desafios para desenvolver com consistência esses setores.

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Victor BarbozaVictor Barboza
Meu nome é Victor Lavagnini Barboza, sou especialista em finanças e editor-chefe do FDR, responsável pelas áreas de finanças, investimentos, carreiras e negócios. Sou graduado em Gestão Financeira pela Estácio e possuo especializações em Gestão de Negócios pela USP/ESALQ, Investimentos pela UNIBTA e Ciências Comportamentais pela Unisinos. Atuo no mundo financeiro desde 2012, com passagens em empresas como Motriz, Tendere, Strategy Manager e Campinas Tech. Também possuo trabalho acadêmicos nas áreas de gestão e finanças pela Unicamp e pela USP. Ministro aulas, cursos e palestras e já produzi conteúdos para diversos canais, nas temáticas de finanças pessoais, investimentos, educação financeira, fintechs, negócios, empreendedorismo, psicologia econômica e franquias. Sou fundador da GFCriativa e co-fundador da Fincatch.
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