Nas últimas semanas, estamos acompanhando a discussão entre o governo e os bancos, estatais e privados, sobre a taxa de juros cobrada em empréstimos consignados para aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Agora, temos uma nova informação que pode afetar dependentes da Previdência Social. Confira a notícia até o final.
Uma batalha foi declarada entre o governo federal e os bancos que fornecem empréstimo consignado. Bancos privados como Itaú, Santander, Bradesco e até mesmo os estatais, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil não apoiaram a redução da taxa de juros para os aposentados via INSS.
Esta redução, inicialmente, seria de 2,14% para 1,70%. Este reajuste fez com que bancos retirassem a disponibilidade para aposentados e pensionistas realizarem empréstimos consignados. Muitos deles alegaram que a operação não seria vantajosa, financeiramente, aos bancos, causando pulgas nas orelhas do governo.
O governo estava buscando uma redução para colocar a taxa abaixo de 2% e foi isso que propôs o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, em reunião realizada neste terça-feira, 28, do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS). Uma taxa dentro do limite estudado, mas que não agrada sindicalistas.
O que foi decidido sobre a taxa de juros para os aposentados e pensionistas do INSS?
A proposta apresentada traz à mesa de negociação a taxa de 1,97% sobre os juros para empréstimos consignados destinados aos aposentados e pensionistas do INSS. Esta nova alíquota busca o retorno das operações de empréstimos para o público foco, já que até mesmo a Caixa optou por encerrar este tipo de atendimento.
Em votação do Conselho, que conta com representantes sindicais e também dos aposentados e pensionistas, foram 11 votos a favor, três abstenções e um voto contra. Os sindicalistas insistem em uma taxa de juros inferior à 1,90%, mas não será fácil atingir esta meta, tendo em vista a complicada negociação até agora.
Chegando a um consenso no valor da taxa cobrada e com a aprovação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a representante dos bancos privados, os aposentados e pensionistas poderão retornar às solicitações e os empréstimos consignados serão novamente disponibilizados ao público geral.