Até dezembro de 2022 eram 21,6 milhões de famílias beneficiadas com o Auxílio Brasil. Boa parte delas já recebiam o Bolsa Família e foram transferidas para o programa criado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). Devido a identidade política que o Bolsa tem, o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) já informou que ele será retomado. Agora, as famílias ficam em dúvida se continuam recebendo.
Desde o início de 2021 o governo Bolsonaro fez alterações no Bolsa Família. Quando o programa passou a se chamar Auxílio Brasil foram inclusas mais 4 milhões de famílias, saindo de 14,4 milhões e passando para 18 milhões. No fim do programa, em dezembro de 2022, o número de contemplados chegou a 21,6 milhões o que possivelmente será mantido nesse primeiro mês do ano.
Acontece que durante essa transição de programas, os antigos contemplados pelo Bolsa Família têm dúvidas sobre como ficam seus cadastros. O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, já informou que haverá uma revisão cadastral nos benefícios existentes excluindo quem não tem direito.
O ministro contou que em uma reunião com o presidente Lula foi descoberto que pelo menos 10 milhões de cadastros são fraudulentos. Entre eles, pessoas que recebem o Auxílio Brasil como famílias unipessoais, ou seja, compostas por uma única pessoa. Por conta disso, viu-se a necessidade de fazer a análise cadastral dos dados no Cadastro Único.
Beneficiários do Bolsa Família precisam renovar cadastros?
De acordo com o ministro Wellington Dias, a análise cadastral vai perdurar pelo menos até fevereiro desse ano. Nesse período, devem ser convocados para o pente fino do Bolsa Família, devendo comparecer presencialmente ao CRAS, aqueles que:
- Estão há dois anos com dados desatualizados no CadÚnico;
- Ultrapassaram o limite de renda permitido;
- Fazem parte de família unipessoais.
Apenas aqueles que forem convocados pelo poder público devem fazer a atualização de dados no Cadastro Único. Quem não for notificado, não precisa passar por nenhum procedimento para receber o benefício. As famílias serão transferidas automaticamente para o Bolsa Família, e devem receber o benefício normalmente pelo Caixa Tem.