Nesta semana, estão sendo revelados os gastos do ex-presidente Jair Bolsonaro no cartão corporativo. De acordo com os dados revelados, Bolsonaro gastou mais de R$27 milhões com hotéis, alimentação, viagens, entre outras coisas. Mas quanto será que foi gasto nos governos anteriores comandados por Dilma e Temer? Saiba aqui.
O jornal O Globo fez um levantamento dos gastos presidenciais desde 2013, ano em que o Governo Federal começou a divulgar as despesas relativas ao presidente da República e de sua família separado dos demais gastos da Presidência.
O levantamento revelou que até 2021, o presidente da República tinha gasto R$29,6 milhões com o cartão corporativo. Este valor é 18,8% superior aos R$ 24,9 milhões gastos nos quatro anos da gestão anterior, comandada por Dilma (2015-2016) e de Michel Temer (2016-2018).
Os cartões corporativos podem ser usados para os gastos do dia a dia, no entanto, as razões dos gastos são sigilosas. A explicação para isso é que divulgação delas colocaria o presidente em risco.
De acordo com o decreto 5.355 de 25 de janeiro de 2005, o Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF) é de uso dos “órgãos e entidades da administração pública federal integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social”, sendo voltado para efetuar pagamentos das “despesas realizadas com compra de material e prestação de serviços”.
“A utilização do CPGF para pagamento de despesas poderá ocorrer na aquisição de materiais e contratação de serviços enquadrados como suprimento de fundos”, dizia o documento.
Este benefício é um cartão com um limite altíssimo, que é pago com os impostos de todos os brasileiros.
Por conta disso, este benefício vem gerando críticas por conta da falta de transparência, uma vez que Bolsonaro impôs o sigilo de 100 anos, que foi derrubado no começo do governo Lula.
De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU) Lula gastou R$ 22 milhões – levando em conta os valores da época, sem correção. Se o montante for atualizado com base no IPCA, índice que normalmente é utilizado para aferir as oscilações de bens de consumo, este montante somado ao fim de 2006 significariam R$ 55 milhões atualmente.