Cesta básica tem previsão de REDUÇÃO para 2023 e algumas cidades saem na frente

Todos os meses o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) analisa o valor de doze itens alimentícios que compõem a cesta básica no Brasil. A variação de preço é contabilizada em 17 capitais brasileiras, em supermercados, padarias, mini mercados, açougues e outros. Embora a previsão para esse ano seja otimista, em alguns locais o ano de 2022 já terminou com valores abaixo do esperado. 

Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
Cesta básica tem previsão de REDUÇÃO para 2023 e algumas cidades saem na frente (Imagem: FDR)

Os itens que compõem a cesta básica e que têm seus valores pesquisados pelo Dieese são: tomate, arroz, carne, farinha de mandioca, leite, manteiga, pão, café, feijão, açúcar, óleo de soja, banana, e outros. Esses são alimentos básicos que todas as famílias buscam comprar e que caso aumentem ou diminuam seu preço têm reflexo direto no orçamento do brasileiro.

Em 2022, entre as 17 capitais brasileiras analisadas, o preço da cesta básica no Recife teve o menor reajuste. No último ano houve um aumento de 6,15% o que representa um acréscimo de R$ 32,72. Por conta disso, no final do ano passado os itens alimentícios essenciais encerraram custando R$ 565,09 na capital pernambucana.

Outras duas capitais lideraram o ranking de cesta básica mais econômica: Aracaju- SE (R$ 521,05) e João Pessoa- PB (R$ 561,84). Como sempre o que vai determinar o valor dos produtos básicos no país será a inflação, a média de 2023 deve acompanhar o resultado do último ano pelo menos por enquanto. Mas com expectativas de redução para os meses seguintes.

Evolução da cesta básica no Recife

Em dois momentos a cesta básica no Recife alcançou valores maiores que o esperado, chamados de momento de pico. Chegando a R$ 612,34 em junho e em julho subiu ainda mais para R$ 616,63. Depois dessas situações, mês a mês foram caindo os valores e apenas em dezembro os preços voltou a subir.

Embora o preço da cesta tenha sido consideravelmente menor em Recife, apenas o tomate (-24,92%), o arroz (-7,17%) e a carne (-1,47%) apresentaram queda no preço médio em 2022. Isso significa que para os outros alimentos pesquisados no ano passado houve um aumento considerável, como:

  • farinha de mandioca (42,64%);
  • leite (40,66%);
  • manteiga (29,06%);
  • pão (27,80%);
  • café (25,30%);
  • feijão (25,06%);
  • açúcar (3,61%);
  • óleo de soja (1,04%);
  • banana (0,19%).

Diante da evolução no valor dos alimentos, o Dieese acredita que para o trabalhador recifense que é remunerado com quantia igual ao salário mínimo, foi preciso comprometer 102 horas e 34 minutos da jornada mensal para adquirir os gêneros essenciais em dezembro.

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Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com