Todos os meses o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) analisa o valor de doze itens alimentícios que compõem a cesta básica no Brasil. A variação de preço é contabilizada em 17 capitais brasileiras, em supermercados, padarias, mini mercados, açougues e outros. Embora a previsão para esse ano seja otimista, em alguns locais o ano de 2022 já terminou com valores abaixo do esperado.
Os itens que compõem a cesta básica e que têm seus valores pesquisados pelo Dieese são: tomate, arroz, carne, farinha de mandioca, leite, manteiga, pão, café, feijão, açúcar, óleo de soja, banana, e outros. Esses são alimentos básicos que todas as famílias buscam comprar e que caso aumentem ou diminuam seu preço têm reflexo direto no orçamento do brasileiro.
Em 2022, entre as 17 capitais brasileiras analisadas, o preço da cesta básica no Recife teve o menor reajuste. No último ano houve um aumento de 6,15% o que representa um acréscimo de R$ 32,72. Por conta disso, no final do ano passado os itens alimentícios essenciais encerraram custando R$ 565,09 na capital pernambucana.
Outras duas capitais lideraram o ranking de cesta básica mais econômica: Aracaju- SE (R$ 521,05) e João Pessoa- PB (R$ 561,84). Como sempre o que vai determinar o valor dos produtos básicos no país será a inflação, a média de 2023 deve acompanhar o resultado do último ano pelo menos por enquanto. Mas com expectativas de redução para os meses seguintes.
Evolução da cesta básica no Recife
Em dois momentos a cesta básica no Recife alcançou valores maiores que o esperado, chamados de momento de pico. Chegando a R$ 612,34 em junho e em julho subiu ainda mais para R$ 616,63. Depois dessas situações, mês a mês foram caindo os valores e apenas em dezembro os preços voltou a subir.
Embora o preço da cesta tenha sido consideravelmente menor em Recife, apenas o tomate (-24,92%), o arroz (-7,17%) e a carne (-1,47%) apresentaram queda no preço médio em 2022. Isso significa que para os outros alimentos pesquisados no ano passado houve um aumento considerável, como:
- farinha de mandioca (42,64%);
- leite (40,66%);
- manteiga (29,06%);
- pão (27,80%);
- café (25,30%);
- feijão (25,06%);
- açúcar (3,61%);
- óleo de soja (1,04%);
- banana (0,19%).
Diante da evolução no valor dos alimentos, o Dieese acredita que para o trabalhador recifense que é remunerado com quantia igual ao salário mínimo, foi preciso comprometer 102 horas e 34 minutos da jornada mensal para adquirir os gêneros essenciais em dezembro.