Quer renegociar o empréstimo do Auxílio Brasil? Veja as melhores vantagens pela Caixa

O Auxílio Brasil, criado em durante o governo Bolsonaro, em 2021, oferecia a opção de empréstimo consignado aos beneficiários. Um levantamento do antigo Ministério da Cidadania aponta que um em cada seis brasileiros cadastrados no programa tiveram acesso ao crédito.

Quais são os critérios para ZERAR o empréstimo do Auxílio Brasil? Descubra agora
Quer renegociar o empréstimo do Auxílio Brasil? Veja as melhores vantagens pela Caixa. (Imagem: FDR)

O pedido do consignado pode ser feito em qualquer agência da Caixa Econômica Federal, Unidade Lotérica ou através do aplicativo Caixa Tem. Depois que o empréstimo é concedido, o valor será diretamente descontado nas futuras parcelas de pagamento do benefício.

O consignado do Auxílio Brasil tem a vantagem da aplicação de juros mais baixos, de 3,5% ao mês, e de ser uma opção que não compromete o salário do beneficiário, já que o desconto é feito no depósito referente ao programa. Até o dia 1º de novembro de 2022, mais de 3,4 milhões de solicitações de empréstimos foram atendidas pela Caixa.

A média de valor dos empréstimos, ainda segundo o Ministério da Cidadania, foi correspondente a R$ 2.718,24. O consignado pode ser quitado em até 24 parcelas mensais de R$ 160,00, mais os juros. Somando todos os empréstimos que foram realizados, a dívida chega ao valor de R$ 9,5 bilhões.

Wellington Dias, novo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, declarou ao jornal O Estado de S. Paulo que há “uma proposta de anistia para os endividados”. Analisando as medidas descritas no plano de governo de Lula, a proposta pode ter relação com um novo programa, o Desenrola Brasil.

É possível negociar a dívida do empréstimo consignado do Auxílio Brasil

O Bolsa Família, criado há 20 anos no primeiro governo de Lula, foi o programa que ditou os moldes do Auxílio Brasil. Porém, uma das diferenças entre as duas políticas assistenciais é a possibilidade do empréstimo consignado, novidade trazida pelo programa do governo Bolsonaro.

O novo governo estuda suspender esse tipo de empréstimo que desconta diretamente no benefício, afinal, o objetivo do programa assistencial é viabilizar a garantia de itens básicos para a população mais vulnerável. Ou seja, a parcela mensal da dívida está sendo retirada de uma verba que já é mínima.

A solução para essa problemática deve vir a partir de uma das iniciativas do programa de renegociação de dívidas que aparece como proposta no plano de governo de Lula. O Desenrola Brasil terá como público-alvo os cidadãos de baixa renda e que estão com o “nome sujo”.

Ainda segundo o documento divulgado na campanha eleitoral, o novo programa pretende beneficiar brasileiros que têm renda familiar de até três salários mínimos. Com a negociação das dívidas, cidadãos com o nome comprometido no SERASA e SPC poderão sair da inadimplência.

O mais provável é que seja criado um fundo de crédito que possibilite a renegociação das dívidas. Os credores que forem participar do programa devem determinar suas condições de custo, prazo e desconto.

Através de “depósitos compulsórios”, as dívidas acumuladas seriam pagas. Segundo consta na descrição do Desenrola Brasil, no plano de governo de Lula, a medida só poderá ser aplicada se o Banco Central concordar com a sua lógica.

Como será a transição do Auxílio Brasil para o Bolsa Família

As mais de 21 milhões de famílias inscritas no Auxílio Brasil serão, inicialmente, incluídas entre as beneficiárias do Bolsa Família, que já começa a ser pago em janeiro de 2023. Mas, depois da revisão dos cadastros do programa, algumas podem ter o benefício suspenso.

De acordo com decisão judicial do Ministério Público, a reformulação das normas do programa e a revisão do banco de cadastrados deve ser feita em um prazo de 90 dias. Até lá, os beneficiários do extinto Auxílio Brasil receberão o depósito mensal do Bolsa Família.

Emília PradoEmília Prado
Jornalista graduada pela Universidade Católica de Pernambuco. Tem experiência com redação publicitária e jornalística, com passagem pelo Diario de Pernambuco e Sistema Jornal do Commercio de Comunicação. No portal FDR, é redatora na editoria de renda e direitos sociais.