ICMS dos combustíveis é negociado entre o Governo Federal e estados. Veja as mudanças para 2023

A negociação entre os estados e a União sobre o ICMS dos combustíveis vem avançando. Na última quinta-feira (3), representantes das unidades da Federação e do governo federal se reuniram para discutir um acordo sobre formas de compensação acerca da perda na arrecadação de tributos com a limitação do imposto.

ICMS dos Combustíveis
ICMS dos combustíveis é negociado entre o Governo Federal e estados. Veja as mudanças para 2023 (Imagem: FDR)

Por isso, os estados defendem que as alíquotas para a cobrança do ICMS dos combustíveis passem a ser de competência exclusiva do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

Além disso, outra reivindicação dos estados é a compensação tributária por conta das perdas em arrecadação sobre gás natural, energia elétrica, comunicações e transportes decorrentes das Leis Complementares assinadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), em junho deste ano.

A redução do ICMS dos combustíveis e seus impactos

A mudança foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), em junho. Na ocasião, o chefe do Executivo nacional limitou a cobrança do ICMS à alíquota mínima, estipulada em 18%. Além disso, o Liberal ainda vetou a compensação aos estados, reduzindo a capacidade de investimento dos mesmos em educação e saúde, uma vez que o imposto serve como fomento para estas despesas.

Segundo Bolsonaro, a compensação se faria desnecessária, uma vez que os estados e municípios viviam um processo de “melhora significativa” em sua situação fiscal. De acordo com o presidente, esta situação possibilitou que os estados acumulassem recursos na casa dos R$ 226 bilhões.

Por isso, os representantes dos estados pleiteiam a participação nas discussões sobre o imposto juntamente com os eleitos em nível federal, como forma de minimizar prováveis impactos orçamentários a partir de 2023.

O prazo inicial para a resolução dos trabalhos na comissão de trabalho sobre o ICMS terminaria nesta sexta-feira (4). Contudo, com as mudanças derivadas dos processos eleitorais em níveis estadual, federal e distrital, é provável que ocorra a prorrogação das discussões, algo que fora sinalizado como positivo pelos representantes dos estados.

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