Inflação pode DEIXAR de ser usada para reajuste do Salário Mínimo

Nesta quinta, 20, o ministro da Economia Paulo Guedes, disse que o governo vem estudando desassociar o reajuste do salário mínimo e de aposentadorias do índice de inflação do ano anterior, no entanto ele negou que a finalidade da decisão seja o de impedir o reajuste real dos trabalhadores e pensionistas. 

O Ministério da Economia, depois da repercussão negativa que a notícia teve, disse que a correção será feita no mínimo pelo índice de inflação. Guedes disse ainda que a alteração pode entrar no texto da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que está sendo elaborada para assegurar o pagamento do Auxílio Brasil.

A aprovação do projeto é imprescindível para que o benefício de R$600 seja mantido no ano que vem, já que este valor só tem validade até dezembro de 2022.

“É claro que vai ter o aumento do salário mínimo e aposentadorias pelo menos igual à inflação, mas pode ser até que seja mais. Quando se fala em desindexar, as pessoas geralmente pensam que vai ser menos que a inflação, mas pode ser o contrário”, disse  Guedes em uma entrevista coletiva dada logo depois do encontro com empresários na sede da Confederação Nacional do Comércio (CNC), no Rio de Janeiro.

O reajuste do salário mínimo é realizado com base na inflação pela determinação constitucional, por conta disso será necessária uma PEC para alterar esta regra. 

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Na visão de Guedes, esta mudança seria uma das formas para “corrigir” o teto de gastos do Brasil e vem sendo encarada pela equipe econômica como o “plano 3D — desobrigar, desindexar e desvincular”, podendo ser incluída na PEC para tributar lucros e dividendos como fonte de recursos para arcar com o Auxílio Brasil.

“A PEC que está combinada já de sair, combinada politicamente, com compromissos, é a taxação sobre lucros e dividendos para pagar o Auxílio Brasil. Isso tem que acontecer rápido justamente para garantir o ano que vem”, disse Guedes.

O ministro, sem entrar em grandes detalhes a respeito dos acordos políticos que já foram feitos para assegurar a aprovacão da proposta, afirmou que o texto pode ser apresentado para o Congresso logo depois do segundo turno das eleições que acontece no próximo dia 30.

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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