Em meio a PREJUÍZOS, Netflix revela detalhes de plano com anúncios

Por incrível que possa parecer, o modelo de negócios da Netflix não funciona. Esta afirmação pode parecer absurda de início, já que estamos falando da maior plataforma de streaming do mundo e que possui milhões de assinantes, mas seu modelo de negócio vem mostrando indícios de cansaço ultimamente. E o novo modelo de assinatura da plataforma tem relação com isso.

A Netflix teve um crescimento meteórico em seus primeiros anos de operação, no entanto,  não vem conseguindo mais segurar o ritmo de crescimento por conta do surgimento da grande concorrência. 

Não é novidade que a empresa está desenvolvendo nos últimos meses um serviço com a inclusão de anúncios, parecido com o que vem sendo feito com os esportes ao vivo e o mercado de video-games. 

Segundo o “The Wall Street Journal” na quarta, 14, a Netflix comunicou que projeta que este novo plano de assinatura com anúncios chegue para 40 milhões de pessoas em todo o mundo até o terceiro trimestre do ano que vem.

A noticia dada pelo jornal é baseada em um documento compartilhado com compradores de anúncios descoberto pela publicação. É esperado pela plataforma que 4,4 milhões de “espectadores únicos” no mundo todo se cadastrem para a nova assinatura até o fim de 2022. Deste total, 1,1 milhão seriam dos Estados Unidos. 

Ao que parece, pelo menos neste início, a Netflix não ter planos de contratar uma empresa independente para realizar medições ou verificação de que os anunciantes estão tendo a exposição pela qual pagaram.

Através de um comunicado, a plataforma informou que “ainda está nos primeiros dias no processo de decisão para lançar um nível, mais barato e suportado por anúncios, e que nenhuma decisão foi tomada”.

Plataformas de streaming direcionados para o entretenimento ainda tentam se provar financeiramente. Como negócio único, as empresas podem enfrentar problemas para se estabelecer no longo prazo. Isso fica mais evidente ao passo que plataformas como Netflix, Hulu, Disney entre outras padecem com a rotatividade de clientes, quando os mesmos cancelam suas assinaturas ao terminar de ver o conteúdo que o interessa.

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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