Pessoas famosas, como jogadores de futebol, precisam delegar funções importantes para funcionários, já que não conseguem controlar toda a sua fortuna. Criminosos aproveitam dessa situação para aplicar um golpe que, muitas vezes, demora a ser identificado.
O ex-jogador Rivaldo entrou na justiça alegando ser vítima de um golpe. Segundo ele, a autora foi sua ex-secretária e representante no Brasil. O roubo foi de R$ 2,5 milhões, adquiridos por meio de centenas de transações bancárias.
Rivaldo é sócio e administrador das empresas R10, Beta 50 e da C.S.R. Eventos, Turismo e Promoções Esportivas LTDA. De acordo com o ex-jogador de futebol, as transações bancárias foram feitas sem o seu conhecimento ou autorização.
Como o jogador descobriu o golpe?
O atleta desconfiou da sua ex-funcionário após perceber que a golpista descontou um cheque de R$ 32 mil no nome dele para pagar contas pessoais dela e do marido. Além disso, nessa mesma operação bancária, a secretária embolsou o “troco” de R$ 9,9 mil.
A operação foi notificada a Rivaldo por um funcionário do Banco do Brasil. Com a ajuda de outros funcionários e usando as gravações de segurança da instituição financeira foram identificadas várias operações do mesmo caráter.
Assim, sua ex-funcionária descontou diversos cheques, desviando parte do dinheiro para contas pessoais ou embolsando os “trocos”. De acordo com as investigações, o dinheiro era usado para o pagamento de diversas contas.
Entre os pagamentos foram identificados cartões de crédito, plano médico, roupas, calçados, produtos de beleza, condomínio, conta de energia elétrica, seguros e entre outros.
Patrimônio da funcionário é incompatível com o salário
Os golpes foram aplicados entre 2018 e 2021 e somando todas essas despesas, pagas com o dinheiro do ex-jogador, o prejuízo é de quase R$ 2,5 milhões. Atualmente, a criminosa e seu esposo têm casa de luxo, apartamento e veículos.
O salário mensal recebido era de R$ 3 mil. Diante disso, é questionável as aquisições realizadas nos últimos anos, como um imóvel de R$ 550 mil. Além disso, o casal compraram dois carros da marca Honda, um Fit e um HR-V EX.
De acordo com o Imposto de Renda de 2020 e 2021, o saldo da conta bancária passou de R$ 74 mil para R$ 320 mil. Diante de todas essas provas, Rivaldo ingressou com pedido de instauração de inquérito policial.