As eleições 2022 se aproximam cada vez mais, com o pleito eleitoral marcado para o dia 2 de outubro. Com isso, os candidatos a presidente da República devem se atentar a uma série de regras e prestação de contas, como a declaração do patrimônio ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Dos três candidatos a presidente da República, Ciro Gomes é o que apresentou o maior aumento de patrimônio em 29,1%. Os dados detalhados constam na declaração de bens para as eleições 2022 em plataforma vinculada ao TSE. Mas o apanhado não para por aí, abrangendo também Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro.
Lula declarou um patrimônio de R$ 7,9 milhões em 2018. Na época, os valores foram corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medidor oficial da inflação pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim, o patrimônio foi elevado para o equivalente a R$ 10,1 milhões atualmente.
Em 2022, a declaração de bens de Lula para as eleições 2022 somam R$ 7,4 milhões. O montante representa uma queda de 7,6% em valores nominais e de 36% se tratando da correção inflacionária.
Ao observar a situação de Bolsonaro, a queda foi menor. Atualmente, o patrimônio que o presidente declarou à Justiça Eleitoral é pouco maior que o montante informado em 2018 em valores nominais.
O patrimônio passou de R$ 2,28 milhões para R$ 2,31 milhões nas eleições 2022. Quando a correção com base na inflação é feita, o patrimônio tem uma queda de 25,4% no mesmo período.
Até agora, o candidato à presidente no pleito eleitoral deste ano que declarou o maior patrimônio à Justiça Eleitoral é Felipe D’Ávila, com R$ 24,6 milhões.
Patrimônio dos candidatos à presidência nas eleições 2022
- Lula da Silva (PT): R$ 7.423.725,78;
- Jair Bolsonaro (PL): R$ 2.317.554,73;
- Ciro Gomes (PDT): R$ 3.039.761,97;
- Simone Tebet (MDB): R$ 2.323.735,38;
- Felipe D’Ávila (Novo): R$ 24.619.627,66;
- Pablo Marçal (Pros): R$ 16.942.541,15;
- Sofia Manzano (PCB): R$ 498.000,00;
- Leonardo Péricles (UP): R$ 197,31;
- Vera Lúcia (PSTU): R$ 8.805,00.
É preciso ressaltar que os dados oferecidos pelos candidatos à Justiça Eleitoral não necessariamente correspondem ao valor de mercado de cada bem. Um candidato pode, por exemplo, registrar um carro pelo veículo que foi pago (R$ 90 mil, por exemplo), mas atualmente ele vale mais ou menos do que isso.
A declaração de bens à Justiça Eleitoral é uma autodeclaração, assim como o Imposto de Renda, mas não tem o mesmo rigor da declaração do IR à Receita Federal, que tem um sistema mais eficiente de fiscalização dos bens dos cidadãos.