Mais de 71 milhões de pessoas no mundo todo são levadas à pobreza por conta deste motivo

O novo relatório divulgado pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) nesta quinta, 7, revelou que o custo de vida no mundo está levando cerca de 71 milhões de pessoas para a pobreza nos países em desenvolvimento.

O administrador do Pnud, Achim Steiner, disse que através de uma análise de 159 países em desenvolvimento foi revelado que o crescimento nos preços das mais importantes commodities em 2022 já está se refletindo em partes da África Subsaariana, os Bálcãs, a Ásia e em outras localidades, segundo a Reuters.

Foi pedida uma ação sob medida pela Pnud e programa está em busca de doações diretas em dinheiro para os países mais atingidos pela crise. O desejo é que as nações mais abastadas aumentem a Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI) que foi criada para auxiliar os países mais pobres durante a pandemia do coronavírus.

“Altas de preços sem precedentes significam que, para muitas pessoas ao redor do mundo, a comida que eles podiam comprar ontem não está mais ao alcance hoje. Esta crise do custo de vida está levando milhões de pessoas à pobreza e até mesmo à fome a uma velocidade de tirar o fôlego. Com isso, a ameaça de aumento da agitação social cresce a cada dia”, disse Achim ao g1.

Ações dos países

O relatório revelou que os países estão na tentativa de mitigar os impactos mais graves da crise recente, através de restrições ao comércio, redução de tributos, subsídios as despesas com energia e transferências diretas de renda. 

Porém, na visão do autor do relatório, estes subsídios à energia podem suavizar o cenário no curto prazo, mas que no longo prazo, acabam estimulando a desigualdade. “Eles oferecem algum alívio como um ‘band-aid’ imediato, mas podem causar dano pior ao longo do tempo”, disse ao g1 George Gray Molina.

Preços nas alturas 

A Pnud revelou que, nos doze meses até maio, os preços das principais commodities de energia e alimentação passaram por altas significativas no mundo.

Brasil e a fome 

De acordo com o relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgado nesta semana, mais de 60 milhões de brasileiros já sofrem com insegurança alimentar.

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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