Bolsonaro afirma que a gasolina vai ficar R$ 2,00 mais barata; entenda

A alta dos combustíveis se tornou a principal pauta de reclamação nos últimos meses. Desde 2021, derivados como a gasolina passaram por reajustes significativos. O combustível atingiu a marca de R$ 7 em algumas regiões. 

Bolsonaro afirma que a gasolina vai ficar R$ 2,00 mais barata; entenda
Bolsonaro afirma que a gasolina vai ficar R$ 2,00 mais barata; entenda. (Imagem: Montagem/FDR)

Em um comunicado recente, o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que a gasolina poderá ficar até R$ 2 mais barata na venda do litro. O diesel poderá ser vendido a R$ 1 a menos na média atual. 

Em entrevista concedida à CBN Recife, Bolsonaro destacou que os preços dos combustíveis continuam em alta em decorrência dos efeitos da guerra entre a Rússia e a Ucrânia que já percorre por mais de 100 dias. Nesta semana notou-se a queda no preço da gasolina em várias localidades.

Em Belo Horizonte, por exemplo, o litro da gasolina caiu de R$ 7,69 para R$ 7,49 em um posto situado na Avenida Raja Gabaglia. Em outro, localizado em Padre Eustáquio, na região Noroeste da metrópole mineira, a cobrança foi reduzida para R$ 7,14

No Rio de Janeiro, o preço da gasolina nas bombas caiu após a adesão do Estado à redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis. A queda observada foi de menos R$ 0,69 por litro. Assim, o preço do combustível caiu, em média, de R$ 7,74 para R$ 7,69.

Veja a variação média de queda nos Estados entre 24 a 28 de junho:

PEC dos Combustíveis influencia redução da gasolina

A PEC dos combustíveis foi apresentada pelo deputado federal Christino Áureo, embora seja originalmente uma aposta feita pelo Palácio do Planalto a curto prazo. A intenção era para que a medida fosse apresentada pelo próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, o que não aconteceu devido a pressão feita pelo Ministério da Economia, transferindo essa responsabilidade para o Congresso Nacional.

Se o texto da PEC dos combustíveis for aprovado sem emendas, os Estados, Municípios e a União estarão autorizados a reduzirem os impostos incidentes sobre os combustíveis até 2023. A justificativa para esta alternativa está relacionada aos efeitos da pandemia e da taxa inflacionária, que resultaram no aumento dos combustíveis. 

Neste sentido, a economista Juliana Damasceno, explica que, a medida envolve tributos estaduais, razão pela qual toda e qualquer alteração realizada neste sentido irá impactar amplamente os cofres do Estado, tendo também o poder de reduzir os investimentos.

“O que ninguém olhou é que a medida pode impactar a União, caso os estados recorram a empréstimos ou solicitação de verbas”, destacou.

Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
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