Prefeitura de São Paulo fecha acordo com os motoristas de ônibus para encerrar a greve

Após acordo entre o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas) e a prefeitura de São Paulo a greve chega ao fim. A paralisação das linhas de ônibus chegou ao fim às 15h20 de ontem.

Após o fim da greve, as linhas paralisadas começaram a retornar de forma gradativa até se normalizar. A SPTrans monitorou o retorno da frota. A paralisação começou na madrugada da terça-feira (14) e afetou 713 linhas e 6,5 mil ônibus.

A SPUrbanuss, que representa os empresários do setor, informou que a greve chegou ao fim após o Ministério Público do Trabalho considerar legal a reivindicação de reajuste salarial de 12,47%, contado a partir do mês de maio. 

A greve permitiu mostrar a importância da categoria para o funcionamento da cidade. Diante disso, outras reivindicações continuarão em negociação com o Ministério Público do Trabalho

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Impacto da greve dos motoristas

A SPTrans conta com uma frota de 13,5 mil ônibus que operam em 1,2 mil linhas diurnas. Desses quantitativos, cerca de 713 linhas e 6,5 mil ônibus ficaram parados durante 15h. Com isso, 1,5 milhão de passageiros foram afetados com a greve dos ônibus

O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) determinou que 80% da frota circulasse nos horários de pico, ou seja, das 6h às 9h e das 16h às 19h. Nos demais horários o funcionamento deveria ser de 60%.

Como será bancado o aumento salarial?

Para arcar com o aumento salarial, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, disse que ainda será estudado de onde o recurso será retirado. Porém, duas possibilidades já são discutidas: maior subsídio do Município ao setor ou aumento da tarifa.

No ano passado, o subsídio foi de R$ 3,44 bilhões. Já a tarifa de R$ 4,40 está congelada desde o início da gestão do atual prefeito. Diante disso, o prefeito de São Paulo explicou que a solução para arcar com o aumento da categoria depende de diversos fatores.

Segundo Nunes, caso haja aumento de passageiros a receita irá crescer e o reajuste será pago com a receita. Outra questão que pode vir a ajudar é a aprovação do Projeto de redução do ICMS sobre os combustíveis.

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.