O processo de privatização da Eletrobras foi aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nesta quarta-feira, 18. A maior empresa de energia elétrica de toda a América Latina será a primeira grande estatal vendida durante o governo de Jair Bolsonaro.
A privatização da Eletrobras já havia sido aprovada no Congresso Nacional em 2021, e se concretizará no decorrer deste ano através da capitalização da emissão de novas ações. A intenção é que a participação no capital da Eletrobras seja reduzida de 72% para 45%.
O Governo Federal pretende captar até R$ 67 bilhões com a privatização da Eletrobras, dos quais R$ 25 bilhões iriam para os cofres do Tesouro. O saldo seria destinado aos programas públicos.
O intuito desta ação é baratear os valores cobrados perante o consumo residencial e de pequenos estabelecimentos comerciais. Neste mesmo sentido, um quarto do superávit da nova Eletrobras será aplicado no investimento de programas de transferência de renda.
Para que o texto da MP não perca a validade, ele precisa ser votado no Congresso Nacional até o dia 22 de junho. Na oportunidade, a economista da Toro Investimentos, Thayná Vieira, declarou que a privatização da Eletrobras consiste em uma iniciativa positiva para que haja um bom desempenho na estatal diante dos milhões que a companhia visa obter ao promover melhorias.
“O movimento de queda observado nas ações da Eletrobras está relacionado à realização de lucros por parte dos investidores, após as altas recentes observadas no ativo”, completou a economista.
Analisando todos os pontos, nota-se que dois temas se sobressaem se tratando da privatização da Eletrobras. Um deles surgiu após a intenção de contratar seis mil megawatts de energia gerada por usinas termelétricas movidas a gás nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
No entanto, especialistas acreditam que tal atitude iria resultar no aumento da conta de luz, tendo em vista que o consumidor seria obrigado a arcar com os custos dos gasodutos responsáveis pelo abastecimento das usinas.