Um mutirão de empregos foi realizado na região do Vale do Anhangabaú, no centro da cidade de São Paulo. Organizado pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo, o evento ofereceu 10,5 mil vagas de emprego através de mais de 100 empresas locais,
O resultado imediato foi milhares de pessoas por horas em uma fila na expectativa de conseguir uma oportunidade de reinserção do mercado de trabalho. A maior parte das vagas disponibilizadas no mutirão de empregos eram para serviços de telemarketing, açougueiro, padeiro, cozinheira, caixa e tantas outras.
Após dois anos de restrições impostas pela pandemia, este foi o primeiro mutirão de empregos realizado presencialmente desde então. A primeira pessoa que deu início à fila de trabalhadores em busca de uma oportunidade, foi uma senhora de 57 anos de idade, que virou a noite em mais de 12 horas de espera pelo atendimento.
Nas primeiras horas do mutirão de empregos realizado no último final de semana, cerca de 1,3 mil paulistas foram atendidos. A fila começou em frente ao Sindicato dos Comerciários e seguia rumo aos Correios no Vale do Anhangabaú.
A “hora do rush” se concentrou no período matutino, à tarde, o movimento já havia se estabilizado após a distribuição de senhas, instruindo o retorno nesta terça-feira, 17.
O evento também contou com carretas onde os interessados tinham a chance de se inscrever para cursos profissionalizantes gratuitos, oferecidos pelo Centro Paula Souza e pelo Senac.
Pessoas de todas as idades e formações participaram do mutirão de empregos, desde jovens graduandos, recém formados, a profissionais experientes nas mais diversas áreas e trabalhadores comuns em busca de qualquer oportunidade. É o caso de Maria Angela Gonçalves, de 59 anos, que declarou ser cozinheira, mas está fora da área há dois anos, trabalhando atualmente como cuidadora.
“Espero que tenha pelo menos uma vaga ou para cuidadora ou para cozinheira. Estou topando o que aparecer porque ficamos sem saída: o custo de vida está muito alto, o salário está muito defasado e aí, quanto mais você ficar desempregada, mais complicado vai ficar”, alegou.
O mutirão de empregos também reuniu quem buscasse apenas vagas para os cursos profissionalizantes gratuitos, visando o aprimoramento das qualificações. Foi o caso de Amauri Souza, de 49 anos, que alegou estar em busca de cursos de gastronomia, metalurgia e fotografia ligada à gastronomia.