A inflação dos alimentos fez com que itens básicos como arroz, feijão, carnes, legumes e outros tantos ficassem cada vez mais caros. A dificuldade do trabalhador em manter uma alimentação nutritiva resultou em substituições por produtos mais baratos e privatizações, deixando de comprar determinados alimentos.
De acordo com o índice da Organização das Nações Unidas (ONU), o atual preço dos alimentos é o mais alto das últimas seis décadas. Porém, a gravidade não é exclusiva no Brasil, mas sim em todo o mundo. Alguns fatores como a pandemia e a guerra na Ucrânia têm grande influência na alta da inflação dos alimentos.
No Brasil, este cenário acontece simultaneamente ao acumulado da inflação de 12,13% em 12 meses. Veja o exemplo da cenoura, cujo preço aumentou em 55,14% de fevereiro de 2021 até o mesmo mês neste ano. A situação tem sido observada pelos políticos, especialmente aos pré-candidatos à presidência, tendo em vista que 2022 é ano de eleições.
Veja a seguir o que os principais pré-candidatos à presidência pensam a respeito da inflação dos alimentos:
Jair Bolsonaro (PL)
Nos últimos discursos do atual presidente da República, Jair Bolsonaro, e pré-candidato às eleições de 2022, declaração que a inflação dos alimentos é superior em outros países e que no Brasil a situação aparenta estar estável caso uma comparação seja feita. Ele acredita que não existe uma solução instantânea para baratear os alimentos, e que o atual cenário ainda será vivido por um tempo maior.
Lula (PT)
O petista insiste na necessidade de “colocar o pobre no orçamento”. Neste sentido, aborda a inflação dos alimentos através da comparação nos anos de 2010 e 2022.
No primeiro, o brasileiro saía do supermercado com o carrinho de compras cheio e sem tantas dificuldades na aquisição dos produtos. No outro, o consumidor sai com o carrinho vazio sem conseguir comprar o essencial com R$ 100.
Porém, o pré-candidato à presidência não forneceu detalhes sobre os planos de contenção na alta dos preços dos alimentos. “Nós temos neste momento no Brasil 19 milhões de pessoas passando fome e 116 milhões de pessoas que não conseguem comer as calorias e as proteínas necessárias à boa vida humana. Isso não tem explicação”, concluiu.
Ciro Gomes (PDT)
O candidato aponta a necessidade de o Governo Federal adquirir alimentos da safra de produtos nacionais, criando um estoque para situações de crise como acontece atualmente. Ciro Gomes é bem crítico quanto às atitudes do governo para esvaziar setores responsáveis pela respectiva função.