De acordo com a pesquisa DataFolha divulgada nesta segunda, 28, 75% dos brasileiros colocam a culpa no atual governo de Jair Bolsonaro pela alta da inflação, que em 2021, fechou em 10,06% e segue aumentando.
A pesquisa mostrou ainda que 36% dos entrevistados atribuem muita responsabilidade ao governo, este índice estava em 41% em setembro. Já 39% atribuem um pouco de responsabilidade, ao passo que na pesquisa anterior eram 34%. Já outros 22% alegam que o governo não possui nenhuma responsabilidade, contra os 23% registrados anteriormente.
Considerando o total, 75% dos entrevistados dizem que o governo é responsável, pelo menos em parte, pelo crescimento dos preços, mesmo com os esforços do presidente para aprontar outros responsáveis como o conflito na Ucrânia, o preço do petróleo e, em especial, os governadores, a quem Bolsonaro culpa pela adoção de políticas de restrição de circulação decorrentes da pandemia.
Segundo uma pesquisa realizada recentemente pelo instituto Ipespe, o medo da inflação vem aumentando na população, com 77% dos entrevistados se queixando dos preços que “aumentaram muito” e 79% acreditando que o cenário irá piorar, podendo refletir diretamente na reeleição de Bolsonaro.
Em 2021, a inflação fechou em 10,06%, o maior patamar desde 2015, e segue subindo. O IPCA (Índice Geral de Preços ao Consumidor Amplo) a inflação oficial do país medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou um crescimento de preços de 1,01% em fevereiro, o que leva a inflação de 12 meses para 10,54%.
A pesquisa Datafolha foi feita entre os dias 22 e 23 de março e entrevistou 2.556 pessoas em 181 cidades de todo país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Inflação
Inflação refere-se a um aumento contínuo e generalizado dos preços em uma economia. É comum que se divida a inflação em três categorias, com base na causa: de demanda, de custos e inercial.
A inflação de demanda diz respeito ao aumento de preços que se observa em casos onde o poder aquisitivo da população sobe em disparidade com a capacidade que a economia tem de prover os bens e serviços demandados. Em outras palavras, quando a demanda supera a oferta.