Empresas russas tentam abrir contas na China para contornar sanções

Ao que parece, o propósito inicial das sanções aplicadas à Rússia tem apresentado o resultado esperado. Diante do boicote aos bancos russos, os cidadãos e empresas russas têm tentado abrir contas bancárias na China para manter o fluxo financeiro e driblar a situação.

Neste sentido, a filial de um banco estatal da China situado em Moscou tem recebido um grande número de empresas russas em busca de novas contas que serão cruciais para manter os negócios. Segundo informações da agência de notícias Reuters, somente nos últimos dias, o banco chinês foi abordado por cerca de 300 empresas russas querendo abrir novas contas.

O argumento apresentado pelas empresas russas foi de que, muitas delas possuem negócios com a China. Logo, precisam voltar a ser ‘bancarizados’ para dar seguimento aos trâmites em yuan, a moeda chinesa. Apesar deste banco estatal chinês em específico, que pediu para não ser identificado, vários outros ainda operam em Moscou. Alguns deles, são:

  • Industrial & Commercial Bank of China;
  • Agricultural Bank of China;
  • Bank of China;
  • China Construction Bank.

O ideal em torno das sanções à Rússia surgiu de uma parceria entre países do Ocidente, como os Estados Unidos da América, União Europeia (UE) e outros. Inclusive, nesta quinta-feira, 3, a Casa Branca anunciou novas sanções aos oligarcas russos.

De acordo com a lista divulgada pelo governo estadunidense, foram classificados os oligarcas russos considerados companheiros de Vladimir Putin e familiares que, porventura, mantenham o apoio ao presidente russo.

Na prática, todos os nomes que compõem a lista serão removidos do sistema financeiro dos Estados Unidos em breve. Mas não é só isso, todos os ativos também serão congelados, além das propriedades que serão bloqueadas para uso.

Na oportunidade, um empresário chinês que também não quis ser identificado, disse à Reuters que, a busca de empresas russas por contas em bancos chineses para movimentação de yuns, na verdade é bem simples.

“Se você não pode usar dólares americanos ou euros, e os EUA e a Europa param de vender muitos produtos, você não tem outra opção a não ser recorrer à China. A tendência é inevitável”.

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Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.