Os efeitos das sanções impostas à Rússia já podem ser vistos. Nesta semana, a Alemanha apreendeu uma propriedade no valor de US$ 600 milhões de um CEO russo, o oligarca, Alisher Usmanov.
A quantia se refere à embarcação superiate Dilbar que se encontrava em reforma nos estaleiros da Blohm + Voss. Segundo informações da Forbes, o Governo da Alemanha havia congelado o ativo, motivo pelo qual os funcionários que trabalhavam no navio não apareceram para cumprir o expediente na última quarta-feira, 2.
A embarcação apreendida consiste no iate com o interior mais volumoso de todo o mundo, pesando quase 16 mil toneladas e com 156 metros de comprimento. O projeto do iate foi feito pelo arquiteto naval, Espen Oino e entregue pela Lurssen no ano de 2016. O nome, Dilbar, foi dado pelo CEO russo em homenagem à falecida mãe.
Vale mencionar que o CEO russo não foi o único alvo das sanções que se estenderem além do Governo da Rússia e entidades ligadas a ele. É o caso do também CEO russo, Igor Sechin, gigante da petrolífera russa Rosneft. A sanção teve o mesmo fim, a apreensão de um iate que estava ancorado na França.
A sanção contra Sechin foi aplicada pela União Europeia no início desta semana. O CEO russo foi descrito como um dos “conselheiros mais confiáveis e próximos do presidente russo, Vladimir Putin, bem como seu amigo pessoal”. O iate chamado de “Amore Vero” ou “True Love” é avaliado em US$ 130 milhões.
De acordo com o ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, agradeceu aos funcionários da alfândega francesa a aplicação de sanções da União Europeia a todos que possuem proximidade junto ao governo russo. Neste caso, a polêmica se deve ao fato de que, o CEO russo, Sechin, foi vice-presidente da Rússia entre 2008 e 2012.
Em apoio às sanções contra a guerra entre Rússia e Ucrânia, Le Maire declarou que a França se empenhou em criar uma força-tarefa com o objetivo de chegar a um acordo sobre os ativos financeiros e bens de luxo de propriedade de personalidades russas alvo das sanções da UE.
Em complemento, a BP informou no último domingo, 27, que deixaria a participação de 19,75% na Rosneft, além de abrir mão de dois assentos no conselho da empresa.