Que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia traria impactos econômicos, já era de se esperar. E os reflexos já aparecem contra o próprio invasor. Exemplo nítido é o rublo, moeda russa que nesta segunda-feira, 28, registrou uma das maiores quedas da história.
A queda do rublo superou até mesmo o dólar e o euro durante a abertura da Bolsa de Moscou. Esta é a primeira das consequências impostas à Rússia em virtude da invasão na Ucrânia. É importante explicar que o rublo era negociado a 90 unidades por dólar já nesta segunda, contra os 83,5 da última quarta-feira, 23.
Foi na data em questão que a taxa de câmbio oficial havia sido registrada antes da invasão da Rússia na Ucrânia. Em comparação ao euro, o rublo havia sido cotado em 101,19 por euro em comparação ao patamar anterior de 93,5. Ao analisar a situação da moeda russa em relação ao dólar, nota-se que a desvalorização é de 7,7%, pouco superior ante ao euro, em 8,2%.
No entanto, as negociações da moeda da Rússia precisaram ser suspensas após superarem todos os limites permitidos neste tipo de operação. Mesmo com a retomada 50 minutos mais tarde, a queda do rublo permanecia. Na ocasião, um dólar era negociado a 95,48 rublos, registrando um aumento de 14,3%. Já o euro foi fixado a 107,35, o equivalente a 14,8%.
Segundo informações da Bolsa de Moscou, antes da abertura que havia determinado o teto de 90 rublos por US$ 1 dólar e 101,19 rublos por 1 euro. Inclusive, foram estes valores que provocaram a suspensão das negociações mais tarde. Destacando que os limites foram superados logo nos primeiros momentos da sessão.
É importante explicar que, para defender a economia e o rublo, moeda da Rússia, das sanções impostas por países ocidentais, o Banco Central da Rússia comunicou que nesta segunda iria elevar a taxa básica de juros em 10,5% para 20%.
Na oportunidade, a instituição fez a seguinte declaração: “O Banco da Rússia tomará novas decisões sobre a taxa básica com base em uma avaliação dos riscos associados às condições externas e internas e na resposta dos mercados financeiros a esses riscos”.
Estas sanções começaram a ser aplicadas pelos Estados Unidos da América (EUA), União Europeia e outros países, que informaram a exclusão de bancos russos do sistema internacional de pagamentos bancários, o Swift, bem como de qualquer outra transação junto ao Banco Central da Rússia.
Ressaltando que bem antes das sanções ocidentais contra a invasão da Rússia à Ucrânia, a inflação já havia registrado uma alta, obrigando o BC a elevar a taxa de juros.