Inflação não é só no Brasil: países do Primeiro Mundo vivem ‘novos tempos’

Pontos-chave
  • EUA registra maior CPI desde 1982

O índice de preços ao consumidor dos EUA (conhecido como CPI) subiu 0,6% em janeiro. Na comparação anual, o índice alcançou 7,5%, superando a expectativa do mercado de inflação de 7,2% no período, e anotando a maior leitura desde fevereiro de 1982.

A inflação de janeiro dos Estados Unidos afeta as apostas para a alta de juros no paíse a redução dos estímulos do Federal Reserve (Fed, BC norte-americano). O dado acima do esperado reforça a preocupação de um aumento de juros mais brusco, o que poderia penalizar a entrada de recursos para os mercados emergentes, como o Brasil, além de atrair investidores que estão preocupados com o ritmo de crescimento da economia brasileira e com as instabilidades que o ano eleitoral pode trazer para os ativos domésticos.

Com o aumento das taxas de juros, os títulos norte-americanos se tornam mais atrativos em comparação aos títulos de outros países. Ao mesmo tempo representam um “porto seguro” no momento em que o mercado possui diversas incertezas sobre o mundo “pós-covid”.

Esse mesmo movimento – de migração de recursos para os Estados Unidos em busca de retornos mais atrativos – também tenderia a apreciar o dólar frente outras moedas, como o real brasileiro.

“A alta do juro norte-americano vem em um momento delicado para o Brasil, já que poderá dragar recursos que eventualmente seriam alocados para países emergentes. Adicionalmente, se essa alta for muito abruta ela poderia trazer uma cenário de aversão a risco mundial o que prejudicaria igualmente os investimentos estrangeiros no Brasil”, afirma Fernando Dal-Ri Murcia, professor e diretor de Pesquisas da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI), professor do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade de São Paulo – FEA/USP.

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Victor BarbozaVictor Barboza
Meu nome é Victor Lavagnini Barboza, sou especialista em finanças e editor-chefe do FDR, responsável pelas áreas de finanças, investimentos, carreiras e negócios. Sou graduado em Gestão Financeira pela Estácio e possuo especializações em Gestão de Negócios pela USP/ESALQ, Investimentos pela UNIBTA e Ciências Comportamentais pela Unisinos. Atuo no mundo financeiro desde 2012, com passagens em empresas como Motriz, Tendere, Strategy Manager e Campinas Tech. Também possuo trabalho acadêmicos nas áreas de gestão e finanças pela Unicamp e pela USP. Ministro aulas, cursos e palestras e já produzi conteúdos para diversos canais, nas temáticas de finanças pessoais, investimentos, educação financeira, fintechs, negócios, empreendedorismo, psicologia econômica e franquias. Sou fundador da GFCriativa e co-fundador da Fincatch.
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