Para presidente do Banco Central, batalha contra a inflação está longe de acabar

Inflação deve permanecer em alta ao longo de 2022. Nessa semana, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, informou que o atual cenário de crise econômica nacional está longe de acabar. De acordo com ele, a previsão é que a política monetária só passe a se recuperar a partir de 2023. Entenda.

Para quem vive com um salário mínimo, manter as despesas de casa tem sido um desafio quase impossível. Até mesmo os trabalhadores mais favorecidos em renda, estão sentindo os impactos a inflação que afeta toda a economia nacional. Infelizmente, a previsão é de permanência na perda do poder de compra e venda.

Banco Central apresenta as expectativas econômicas

De acordo com Bruno Cerra, diretor do BC, a batalha contra a inflação está longe de acabar. Em evento realizado pela instituição, ele alegou que a previsão de correção da política monetária é para 2023.

“A reação [do BC] tem sido bastante incisiva, um ciclo de ajuste forte e rápido, a batalha está longe de estar ganha, ainda estamos com inflação de dois dígitos, ainda tem bastante trabalho pela frente”, disse.

O gestor explicou o porquê de a política monetária resultar na atual crise econômica. Segundo ele, os impactos do atual modelo financeiro demoram ao menos 6 meses para serem medidos de modo que justifique a permanência da inflação até o próximo ano.

“A gente tem até a reunião de março, que teria algum efeito para 2022. Depois da reunião de março, não tem mais o que o Banco Central possa fazer, 2022 não está mais no controle dele e a gente passa a olhar inteiramente com foco em 2023”, disse.

Média da inflação nacional

Na última semana, o BC informou que há uma projeção da inflação em torno de 5,4% para 2022 e de 3,2% para 2023. O cenário, no entanto, pode ser modificado tendo em vista a campanha eleitoral para presidente da república que impactará diretamente no mercado.

Por isso que a gente diz que o cenário de referência hoje não nos parece condizente com trazer a inflação para o centro da meta”, disse Serra, ressaltando que “parece que a gente precisa fazer algo mais”.

 

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.