O que esperar do Bitcoin em 2022?

Em novembro de 2021, o bitcoin atingia sua máxima histórica, sendo negociado ao preço de aproximadamente U$69 mil. Esse foi um marco importante para a criptomoeda, o que poderia indicar um 2022 cheio de expectativa para os investidores.

No entanto, desde então a moeda caminha em um ciclo de queda – com momentos de lateralidade – o que voltou a trazer uma pulga atrás da orelha de quem deseja mergulhar nesse mercado.

Afinal, vale a pena investir em bitcoin em 2022?

Para Caio Santos, CEO e sócio fundador da Yappi, um aplicativo que automatiza trades de criptomoedas, “Antes de mais nada, é preciso deixar claro que ninguém tem essa resposta, já que é impossível prever as movimentações do mercado. No entanto, quero trazer alguns pontos que  me deixam esperançoso para mais um ano de valorização da moeda”.

Em 2021, o bitcoin apresentou uma alta de aproximadamente 70% em seu preço. Trata-se de um número impressionante quando comparamos a praticamente qualquer outro investimento. No entanto, ao lado de outras criptomoedas, o crescimento não é tão relevante (Ethereum, por exemplo, cresceu 400%). Mas isso ainda joga a favor do bitcoin: é um sinal claro de que o mercado já está mais maduro e consolidado.

Sobre as outras opções de criptomoedas, o CEO da Yappi diz que “ainda veremos muitas criptomoedas explodirem e multiplicarem seus valores de mercado. Não há dúvidas que o bitcoin é a moeda digital mais sólida que temos atualmente. Assim, todas as tecnologias relacionadas a blockchain que surgirem ou crescerem em 2022, naturalmente farão o BTC se consolidar ainda mais.”

Em 2021, vimos a grande adoção da NFT, considerada inclusive a “palavra do ano” pelo dicionário Collins. Também crescem em ritmo acelerado as DeFi, aplicações baseadas em contratos inteligentes e blockchain, gerando serviços inovadores.

Tivemos também no ano passado a adoção do bitcoin como moeda oficial de El Salvador, primeiro país a fazer esse movimento. Ainda que a decisão tenha gerado protestos e controvérsias, é um indicativo forte de que a moeda tem caminho para mais crescimento, adoção do público geral e consolidação.

Percebe-se também uma adoção cada vez maior do bitcoin por investidores institucionais. O valor de cada operação com a moeda tem subido, o que indica a maior presença de empresas e grandes investidores, que são pilares importantes para o mercado se desenvolver.

O CEO daYappi reforça a importância de saber o risco envolvido no mercado de criptomoedas: “É muito importante lembrar que estamos avaliando um ativo extremamente volátil, por isso a análise de curto prazo pode ser bem perigosa (ainda que seja factível, por meio de padrões gráficos)”.

Porém, o prazo da operação pode ser um grande aliado do investidor. “Quando olhamos um cenário um pouco mais longo, já me sinto mais seguro para alguns palpites. Acredito que depois desse movimento recente de baixa, o preço deve voltar a subir e atingir novamente os U$60 mil. Minha aposta é um salto no preço médio do ativo. Se em 2021 vimos o preço geralmente variando entre U$40 mil e U$50 mil, acredito que teremos uma elevação dessa média para 2022, principalmente no segundo semestre”, aponta Santos.

Quando o perguntado sobre investir ou não em Bitcoin, Caio Santos diz: “se você quer investir nesse mercado em 2022, ao invés de confiar cegamente nas minhas apostas, eu te encorajo a estudar bastante sobre a tecnologia. Entenda como funciona o bitcoin, quais são seus fundamentos e os principais fatores que fazem seu preço subir ou descer. A partir daí, crie uma estratégia, avalie riscos e diversifique seus investimentos. Estando mais consciente de onde você está pisando, as chances são boas de você não se decepcionar!”

Victor Barboza
Meu nome é Victor Lavagnini Barboza, sou especialista em finanças e editor-chefe do FDR, responsável pelas áreas de finanças, investimentos, carreiras e negócios. Sou graduado em Gestão Financeira pela Estácio e possuo especializações em Gestão de Negócios pela USP/ESALQ, Investimentos pela UNIBTA e Ciências Comportamentais pela Unisinos. Atuo no mundo financeiro desde 2012, com passagens em empresas como Motriz, Tendere, Strategy Manager e Campinas Tech. Também possuo trabalho acadêmicos nas áreas de gestão e finanças pela Unicamp e pela USP. Ministro aulas, cursos e palestras e já produzi conteúdos para diversos canais, nas temáticas de finanças pessoais, investimentos, educação financeira, fintechs, negócios, empreendedorismo, psicologia econômica e franquias. Sou fundador da GFCriativa e co-fundador da Fincatch.