A volta às aulas 100% presenciais está prestes a se tornar uma realidade, tanto nas escolas privadas quanto públicas de São Paulo (SP). No entanto, a decisão de retomar o ensino presencial em meio ao agravo na pandemia da Covid-19 tem gerado dúvidas e preocupação em muitas pessoas.
A segurança dos alunos é o principal agravante, pois agora que a campanha de vacinação em crianças teve início. Logo, o índice de crianças na faixa etária de cinco a 11 anos imunizadas ainda é muito baixo para garantir uma volta às aulas segura.
Agora as escolas no âmbito estadual, municipal e até mesmo as particulares devem se atentar às estratégias de segurança sanitária a serem colocadas em prática e que devem caminhar em conjunto com o início da vacinação das crianças.
Desta forma, é preciso se atentar a detalhes como o período de isolamento caso alguma criança teste positivo para o vírus, além de reforço na vigilância direcionada a alunos que apresentarem qualquer sintoma.
Hoje, São Paulo vivencia uma das maiores ondas de Covid-19 desde o início da pandemia, o que dificulta ainda mais uma volta às aulas tranquilamente. Na última quinta-feira, 26, por exemplo, o estado de São Paulo registrou um total de 13.184 casos positivos para o novo coronavírus.
Para se ter uma noção da amplitude deste cenário, a média móvel de casos é de 9.797, a maior registrada desde o dia 18 de julho de 2021, quando o número chegou a 10.493. O aumento nesses indicadores é decorrente da explosão de casos da mais nova variante, a ômicron, cuja taxa de propagação é bem maior que as anteriores.
Mesmo assim, as secretarias municipais e estadual de educação de São Paulo continuam traçando protocolos de segurança que, segundo as pastas, são cientificamente comprovados como sendo ineficazes. É o caso da medição da temperatura dos alunos e a negligência quanto às restrições de ocupação nas escolas.
Desde novembro do ano passado a volta às aulas já ocorreu no modo presencial a caráter obrigatório nas escolas estaduais, municipais e privadas. Salvo a exceção de alunos que compõem os grupos de risco da Covid-19, como gestantes e puérperas com prescrição médica, que possuem autorização para permanecer no ensino remoto.
De acordo com o posicionamento do Estado de São Paulo, os pais não devem aguardar até os filhos completarem o esquema vacinal para a volta às aulas. A espera deve ocorrer somente se o pai ou responsável tiver um atestado médico indicando que a criança deve aguardar para tomar todas as doses necessárias da vacina contra a Covid-19.